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Texto selecionado
Sem Palavras |
Paulo Cezar dos Santos |
Resumo: Há momentos em que tudo perde o sentido,inclusive a própria vida. E o poeta - creio - é o ser que mais sofre este lapso existencial e, como ele se alimenta das palavras, e, elas fogem dele, se instala o conflito... |
E agora?
Para onde foram as palavras?
A caneta aleatoriamente passeia sobre
O papel sem desenhar pensamentos lógicos.
Os temas “habituais” já foram tratados.
Assuntos sobre o amor, flor, dor,
Amizade, solidariedade, sinceridade,
Acenam confirmando suas presenças
E agora?
Onde está a emoção de escrever?
As palavras fogem de mim
Busco-as procurando nelas sentido
Encontro-as sem atrativos, frias, insensíveis.
E agora?
Percebi que as palavras são inocentes
Elas existem para dar sentido ao que já é
São labaredas que explodem do interior
Do vulcão da alma.
Ebulição da vida.
Entendi que as palavras não tem vida própria
São astros sem luz
Apenas refletem o brilho que emana do coração.
Ó coração!
Que as palavras dêem sentido à sua existência.
Geradas em ti, proclamem que tu és somente um coração humano
Igual a todos os corações que estão à sua volta
Perceba isto, escreva sobre isto.
E serás um manancial de poesias.
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Biografia: Escritor amador, músico, compositor e poeta. Primeiro lugar em Concurso de Poesias realizado pela Prefeitura da Cidade de Capela-Se/2002. Em Editora independente publiquei um livro em 2003: Além da Luz do Sol, um livro de crônicas e poesias. |
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Publicações de número 1 até 4 de um total de 4.
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