Os olhos fechados não
Admiram a lindeza
Que é o pôr do sol
Na tarde de inverno...
Tampouco apreciam
O brilho de um olhar
Apaixonado a lhe cotejar...
Nem as mais claras súplicas
De amor os libertam da escuridão,
Também não os deixam
Ver a alvura da paixão...
Inertes, se furtam da perfeição
Dos campos liriais a cobrirem
De brancas e magistrais flores
A imensidão de um novo amor...
Frágeis, alma, espírito e corpo
Flagelam-se ao se refugiarem
No negrume do medo da rejeição...
29 de junho de 2008, 22h41min
Robério Pereira Barreto
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