alvíssaras!
encontrei
de bom céu,
a mulher
de minha vida!
ela é linda,
bem formosa,
tem olhos
verdes,
mãos de
fada
e caminha
bem
charmosa.
ela mora no 1001
e eu no 1002.
coisas da
vida,
pra amor
de
eternos!
ela tem um carro,
bem caro,
eu tenho
outro
que me custou o
olho da cara.
ela tem uma casa
de praia,
que brilha
de felicidade,
eu tenho uma casa
de campo,
onde,
às vezes,
a gente analisa
as taxas de
fertilidade.
ela gosta de bicho
e tem um gato.
eu gosto mais
ainda, e tenho um
cão de rabicho.
tudo ia bem
na nossa
vida.
come daqui,
come de lá,
no amplo lazer.
essas coisas
que precisam
de técnica
pra fazer!
um dia
o filho de zeus,
que deve
morar no inferno
do céu,
me prepara uma!
cães de inferno
me mordam
até de terno!
meu cão caça e mata
o gato de minha amada!
amada?
sai encurralado!
e daí entra
por
uma porta
e sai
por outra:
to ferrado
e malhado.
depois de
muito apanhar,
perdi meu
amor eterno,
os amassos
de amor penetrante,
e a mulher de meu
amor!
danos! cães!
perdi tudo
que amava
por causa
de uma mísera
tara:
essa, de cão caçar gatos.
mas, juro,
nunca mais quero cão
na minha casa,
pois animal a gente
acha em qualquer
canto,
mas mulher!
nem nos míseros
antros.
como dizia meu avô:
filho, cuidado com a vida:
quem é de mulher
tá virando homem
e, agora
homem já veste saia
de cor,
pra mais fácil
ficar pra dar!
mulher tá ficando
raro!
e as boas você só
encontra se pagar
bem caro!
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