Jesus Cristo foi um livre pensador do seu tempo e sofreu punição do Estado Romano. Ele tocou na questão da liberdade de escolha e não aceitação que os povos submissos sofriam. Se algo te faz mal, abandone aquilo, siga pelo conhecimento (a luz) e vá em frente.
A parte mais rica da Bíblia está no Sermão do Monte ou da Montanha (Mateus 5). Nas suas metáforas, Jesus Cristo trabalha o poder do conhecimento e uma forma de obtermos a libertação. A luz (conhecimento) precisa estar no alto (distribuir conhecimento para milhões de pessoas).
Ele também cita que muito conhecimento pode deixar as pessoas confusas quando "salgamos demais". Há todo um preparo e iniciação para termos o saber e como aproveitar da melhor forma possível sem cairmos na leitura simples e sem criticidade.
Jesus torna-se uma ameaça ao Estado romano. Qual governante teria interesse em conceder conhecimento, capacidade crítica para escravizados(as), abrir as portas para questionar a deificação humana em cargo político? Cristo atua como "libertador das mentes".
Quando ele propõe uma "igreja", deixa na entrelinhas uma escola de iniciados(as) ao conhecimento que mostrará o caminho da liberdade pelo saber, estudo e principalmente capacidade reflexiva eliminando a tentação (autoritarismo e ignorância).
Cristo mostra "períodos" para bem conduzir a vida. Há o momento da festa (milagre da água em vinho), aceitação da luz (Natal), sua crucificação muito representa a reflexão e por fim sua ressuscitação mostra que o bom conhecimento salvará a humanidade (o verdadeiro milagre).
Tempos depois, Joana D'Arc e Sophie Scholl entenderam bem o conceito puro do Cristo. Só atitudes práticas regadas pelo bom conhecimento poderão abrir os olhos para a vitória (Ascensão do Senhor). Não há "milagre" sem purificação espiritual e conhecimento!
Este conhecimento não é uma mera aceitação inquestionável dos saberes propostos no livro sagrado e sim uma chave (daí Pedro ser considerado o chaveiro do céu ou da vitória) abrindo novos caminhos para termos uma vida mais regrada possível pelo bom saber teórico e prático.
O peixe (fartura de conhecimento e ideias) só virá mediante a tempestade (dificuldades). O Senhor (livre-arbítrio dotado de conhecimento) conduzirá as pessoas para tomadas de decisões melhores e mais lógicas saindo da dependência estatal.
Cristo faz uma "Revolução Francesa" em seu tempo. Ele dá o pão (conhecimento) e o peixe! Cristo ainda ensina a pescar (como obter conhecimento). Ele ensina que o bom conhecimento liberta e conduz para mudanças sociais profundas.
A verdadeira "igreja", portanto, é construída por ti e suas ações em busca do conhecimento, capaz de impedir uma submissão sem questionamentos. Cristo será crucificado a cada momento que negamos o bom saber.
O filho de carpinteiro esculpiu sua obra e foi condenado. Quantas pessoas em nossos dias estão submissas ao "poder romano" da falta de oportunidades para mostrarem seus conhecimentos? Não crucifiquemos pelo etarismo e outras mazelas existentes. Pensemos nisto.
|