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  Texto selecionado
MÃOS NEGRAS 1
DE PAULO FOG E IONE AZ
paulo ricardo azmbuja fogaça

Resumo:
BOM







                 NESTES CONTOS 95% DOS PERSONAGENS SÃO NEGROS, MULATOS, MORENOS, PARDOS ENFIM, AFRODESCENTES.
            FICA A CRITÉRIO DE VOCÊS LEITORES DECIDIREM QUEM SERÃO OS AFROS E OS BRANCOS.
            OBRIGADO POR LEREM NOSSOS TEXTOS




           QUALQUER SITUAÇÃO, PERSONAGEM E LUGAR É DA OBRA DOS AUTORES OU SEJA PURAMENTE FICÇÃO.








                               MÃOS NEGRAS



                         DE PAULO FOG E IONE AZ







     - Não vou me afastar dele.
     - Eu nem quero isso.
     - Sei, te conheço Roberto.
     - O que foi agora?
     - Quer qualquer motivo para ver sua Cecilia?
     - Eu, imagina, aquela guria já saiu daqui a tempos.
     - Como sabe, como tem tanta certeza?
     - Por que seu irmão disse.
     - Fagner, aquele ali sempre soube te defender.
     - Mais essa agora Luzia achei que estavamos de boa.
     - E estamos, só não quero surpresas, aquela fulana por aqui, ciscando no que é meu.
     - Ouvi certo, quer dizer que finalmente sou seu?
     - Ouviu e se quiser continuar ouvindo se mantenha bem longe dela.
     - Lógico amor, eu te amo.
     - Agora vá, logo a farmácia fecha.
     - Qual é o remédio mesmo?
     - Já te disse, até parece que não presta atenção a seu filho, compre o xarope e a bombinha do José.
    - Tá, vou e volto no som e na luz.
    - Vá homem.
    Roberto sai cantarolando algo de um cantor que ele tanto aprecia, 3 quadras e lá esta entrando na farmácia imperial.
    - Tudo bom seu Rogério?
    - Maravilha, o que quer?
    - Xarope e a bombinha para o José.
    - Coitado do garoto qualquer mudança ja fica doente né.
    - Pois é, quando Luzia esperava ele teve muito infortúnio mais agora é só felicidade.
    - Que assim seja seu Roberto.
    Roberto assina a nota e logo sai ali com os medicamentos numa sacola.
    - mais olha quem é vivo sempre surge por ai.
    - Oi Cleuza, tudo bem?
    - òtimo, só quem não ficou bem foi a coitada da Cecilia.
    - Ela quis , ela teve.
    - Fácil dizer isso tendo um teto para se esconder.
    - Mais ela tem também, tem lá em Cazajeiras.
    - Não soube não, pegou fogo em tudo, foi uma dó que só.
    - E ela?
    - Esta morando em Runai, junto de um velho bebedor, apanha quase sempre.
    - Não posso fazer nada, ela quis assim.
    - Ela não te traiu, o covarde foi tú.
    - Você diz isso por que ela é sua amiga.
    - E foi tua mulher e ai?
    - Já disse não quero mais falar disso.
    - Sabia que ela tava de bucho.
    - O quê?
    - Três meses, adivinha quem é o pai?
    - Não pode ser.
    - Pois então vá falar com ela.
    - Não posso.
    - Vá.
    Cleuza lhe dá um pedaço de papel com o endereço de Cecilia.
    Mau chega em casa e roberto vai despejando tudo para Luzia que ouve aquilo e logo grita em raiva.
    - Coisa de mulher rameira, é golpe, sei muito bem disso.
    - quando você ficou grávida de José, bem que quis o pai dele, ao menos que ele viesse ver o filho, não?
    - Você vai lá?
    - Eu vou.
    - Eu não vou, não tenho nada perdido por lá.
    - Vou ficar uns 3 dias fora.
    - Tudo bem, você quer assim.
    Jantar na mesa e o silêncio é a voz que rege.
    No outro dia logo cedo Roberto se despede do garoto José e olha para Luzia que lhe cobra com olhar como que se não saisse dali e ficasse com ela por o resto dos dias.
    - Eu volto.
    - eu sei.
    - Vai me esperar?
    - Talvez.
    - Te amo.
    - Eu sei.
    - Vou indo.
    O homem entra ali no ônibus ninguém ali para ver ele seguir rumo ao desconhecido, o guri foi a escola e Luzia decidiu lavar a casa e roupas.
    - Tudo certo, tomara que eu não me arrependa.
    Quatro dias depois ele desce ali na rodoviária, ninguém de novo, mais ele trouxe algo, a criança e os documentos, Cecilia falecera assim que ele pois seus pés naquele casebre, o velho mau cuidou do enterro e ja deu o filho ao pai e os documentos.
    - Não quero nada daquela mulher por aqui.
    - tá certo.
    Recém nascido no colo, a criança não chora tanto, em uma parada lhe deram leite e até pedido de adoção, Roberto fez jura, vai criar seu filho.
    Agora ele anda com certa dificuldade, só levara uma pequena mochila com duas trocas de roupas e agora trouxe duas malas, 3 bolsas de criança, o velho deu tudo a ele já que foram ganhas do pessoal dali.
    - Velho miserável, tenho certeza que Cecilia faleceu foi de fome, isso sim, agora fico eu a criar, ainda bem que tenho Luzia.
    O homem segue até que vê Adalberto seu colega de futebol aos domingos. de bike o mesmo vem e ajuda com as malas na rabeira da bike.
    - Ainda bem que te achei cabra.
    - Olha, eu já ia virar tô indo pros lados de Conceição.
    - Fazer o quê?
    - Dizem que tem duas lajes para encher.
    - Olha, só vou deixar a criança e vou contigo, preciso arrumar mais ganho, tenho mais uma boca aqui.
    - Vamos logo.
    Logo chegam na casa, nada de Luzia e José, Roberto deixa as malas e bolsas na varanda e diz a Adalberto que depois vai no lugar.
   - Resolva logo vou deixar teu nome lá na obra viu.
   - Obrigado mano.
   Duas quadras depois ali, Roberto para na esquina,, Luzia a beber com 3 homens no bar da Penha, o lugar é bem conhecido por péssima reputação.
   - Luzia.
   - O que foi, veio buscar tuas coisas?
   - Achei que fosse estar no trabalho.
   - e eu achei que teria um marido.
   - quando terminar te espero em casa.
   - Fiquei lá, só saio daqui no entardecer.
   - tudo certo.
   ele sai em retorno a casa e Luzia olha o marido ali a dobrar a esquina, se despede de todos e vai atrás.
   - Roberto.
   - O que foi?
   - O que é isso?
   - Meu filho.
   - Filho, seu filho?
   - Cecilia esta morta.
   - e te deixou este presente?
   - Só vou pegar minhas coisas.
   - E vai para onde?
   - Eu me arranjo.
   - Sei disso, logo vai estar com qualquer puta.
   - Disso eu sou de sorte, olha só onde estou.
   - Quando me viu e me chamou já sabia quem eu era.
   - Eu sei, por isso não me fiz de valente.
   - Valente, você é o homem mais tranquilo, não trouxa.
   - Eu vou cuidar da criança.
   - Por que?
   - Por que eu quero.
   - Tem que beber com teus amigos.
   - Era o Jorge, Damião, Lucas.
   - Agora bebe com eles.
   - Seus primos vieram te visitar.
   - Tanto faz, pouco importa.
   - Eles estão em casa.
   - sua casa, já não é minha.
   - O que quer mais de mim, me perdoe.
   - Não há perdão, não houve vitimas.
   - Eu gosto de você.
   - mais não me ama.
   - Não creio nisto.
   - Bebe com qualquer um.
   - Não sou santa.
   - O que mais faz em minha ausência?
   - Penso em te fazer o homem mais feliz.


                   ................






    


Biografia:
amo ler e escrever mais ainda sempre
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