O mundo pertence aos que têm sede de mudança, porque o inconformismo é o norte de todo aquele que anseia um futuro de extraordinárias perspectivas. Virar a página da vida pode doer, visto que todo crescimento deixa suas marcas. Porém é necessário mudar e permitir-se fugir da aconchegante zona de conforto. É somente assim que podemos admirar as belezas para as quais não estávamos preparados para contemplar durante o refúgio da estagnação. Uma mudança de fase é um marco notório na trajetória de alguém, e mais que isso, é um sinal de autoconfiança em seus próprios projetos e de coragem perante os obstáculos que se farão presentes. É um ato grandioso a superação de si acompanhada da transposição de medos e da demonstração de que a capacidade é maior do que se acreditava. Novos ventos soprarão, e o horizonte se ampliará de forma inimaginável. O tempo confirma se nossas decisões foram certeiras, e cobra um preço alto pelo arrependimento de não tê-lo aproveitado para ir em busca dos seus sonhos. Seu mundo não mais será o mesmo, várias revoluções arrebentarão em sua forma de agir e de pensar. É difícil mas é necessário, porque mais tarde a vida cobra de quem não cobrou de si o suficiente. Estejamos preparados e dispostos a renunciar de bom grado em prol de um objetivo maior, que hoje pode até parecer muito longínquo, mas que certamente será recompensado futuramente, pois como afirmou Spinoza, as coisas grandes são raras e difíceis. Nada mais justo que custe tanto o que tanto vale. As adversidades surgirão, e é idealista demais supor que estaremos preparados para enfrentar a qualquer custo tudo o que tem poder de nos assolar. É importante cultivar a humildade de encarar as dificuldades como verdadeiras lições, que cedo ou tarde se apresentarão na vida de todos. A vantagem de conhecê-las o quanto antes é o amadurecimento pessoal e consequentemente, o ganho de uma valiosa bagagem sobre a existência. Portanto, abrir brechas para as oportunidades é romper um casulo fechado e possibilitar a metamorfose de todo o potencial que o mundo aspira a conhecer e se orgulhar. Não basta que as mudanças apareçam e se façam convenientes, é preciso acatá-las com o coração e estabelecer vínculos com elas. Mudar é mais que um rumo, é o próprio destino. E para isso, é preciso se desprender de convicções aprisionantes e angústias passadas, munindo-se de respeito consigo e de aprendizados adquiridos, cujo valor se revelará mais adiante.

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