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Ruth chega de táxi na fazenda, ao descer vê na varanda algumas malas e uma mochila.
- Oi.
- Simão, você veio?
- Como ele está?
- Bem, no hospital, por que não foi ve-lo?
- Por que antes de ir visita-lo quero entender algumas coisas.
- Tipo?
- Por que ele se acidentou, tem alguma participação nisto?
- Como ousa, sou sua mãe e........
- Não, você é uma madrasta, vamos me responda, tem ou não participação?
- Lógico que não, você continua cruel.
- Obrigado.
O homem pega o seu celular.
- Ela disse que não, ouviu bem?
- Sim.
- E agora?
- Diga que amanhã chegarei.
- Sim vó.
Ele desliga sob o olhar de raiva de Ruth.
- O que acabou de fazer, aquela mulher vai vir aqui?
- Surpresa, mamãe, a minha vó esta vindo.
- Como?
- Ela vai ficar por uns longos dias aqui com a gente.
- Onde, aqui?
- Sim, aqui nesta fazenda e em qualquer lugar que ela quiser ficar, por que mãe?
- O que quer de verdade Simão?
- Certo, vou te mandar a real, seu fim.
- Sempre o tratei muito bem.
- Sei, olhe aqui, eu não vou ficar aqui em pé te prestando informações, afinal isso é um total papel seu.
- Quando seu pai sair, ele não vai gostar disso, sabe muito bem.
- Será, pense que quando ele sair, muita coisa vai mudar por aqui, mamãe.
- Insolente. Ruth passa por ele brava e segue para seu quarto onde se tranca.
- Agora mais essa.
Ela pega seu celular e liga para Regina.
O salão bem cheio, com gente animada, saboreando o cardápio servido, Leonor anda a todo momento entre este e a cozinha, reabastecendo o buffet com massas, saladas, Elza esta toda vermelha por ter de assumir a churrasqueira, já que Firmino decidira não ter chego ainda, Noabe ali no caixa liga diversas vezes para o amigo e sócio.
Firmino sai debaixo do lençol e epga o celular.
- Oi.
- O que esta fazendo, o salão lotou, esta uma loucura que só, vem logo.
- Calma ja estou chegando, estou bem perto. Dez minutos depois ele entra ali no salão e ja assume a churrasqueira para alívio de Elza.
Dolores entra no salão com 3 bandeijas de assados e com ajuda de Leonor coloca no buffet e vai servindo principalmente as crianças ali.
- Nossa hoje esta bem animado.
- Com certeza, deve ter havido alguma reunião de ultima hora nas escolas.
- É pode ter sido isso.
Firmino serve as mesas com espetos bem assados e entre uma volta e outra ele para no caixa.
- Seu sacana, achei que ia nos deixar na mão.
- Jamais, sócio sou teu, por agora tá.
- Engraçadão. Risos.
- É sério, sou muito galinha mais antes de tudo cumpro meus propósitos.
- A tá. Mais risos.
Quase duas horas depois, o clima vai acalmando quando entra ali um rapaz.
- Igor.
- Leonor.
- Veio almoçar?
- Devo?
- Agora. Risos deles.
- Legal aqui.
- Sim, vou arrumar um lugar bem legal pra ti tá?
- Obrigado. O homem é levado até a uma mesa próximo do buffet de frios.
- Gostou?
- Adorei.
- E então vai de quê hoje?
- Aceito sua sugestão.
- Pronto, vai comer muito bem agora.
- Ja estou pronto pra devorar tudo. Risos.
Firmino já vem com espeto e corta uns bons pedaços pra rapaz, maminha, costela, cupim, Leonor traz a refeição que montara para ele no prato sob o olhar de suas colegas de trabalho.
- É parece que nossa bebê ja se arrumou na vida hein?
- E com um gato daqueles, adoro.
- Vamos deixar os dois.
- Sim vamos cuidar de nossas coisas na cozinha. As duas saem dali deixando Leonor papear um pouquinho com Igor até que ela sai.
- Você o conhece Leonor?
- Sim patrão, é Igor meu vizinho do hotel.
- Legal.
- Ele é muito legal, acho que logo vamos dividir um lugar juntos.
- Vocês dois?
- Sim.
- Então, vocês namoram?
- Não, sabe, ele é gay.
- Gay?
- Sim, morou com um rapaz por um bom tempo só que agora eles terminaram.
- Tão cedo assim e ja sabe bastante dele.
- Com licença patrão. Leonor segue para a cozinha deixando Noabe a cuidar de longe de Igor.
Na fazenda, Ruth ali almoça em silêncio sabendo que é observada por Simão, formado em engennharia, solteiro, filho único de Jonas e que ela o conhecera desde seus 8 anos de idade.
- Gostou da comida?
- Pare de ser a gentil, não lhe cai bem.
- Que seja, vou no hospital mais tarde.
- Irei junto.
- Tudo bem.
190821................
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