Em todos os lugarejos existe uma puta, uma benzedeira ou curandeiro. A puta é para satisfazer as necessidades dos jovens, e mantê-los distantes das casas dos homens casados com mulheres bonitas. A benzedeira e o curandeiro são para aplacar o sofrimento do povo, e em determinados casos – curar-lhe, as moléstias.
Em Volta-Vitória a benzedeira oficial era a Sra Sinhá.
A mesma vivia numa casinha antiga, coberta de tabuinha. E o que dizer das paredes? Entre uma tábua e outra havia o espaço de aproximadamente um dedo. Como aguentava ela nos dias de chuva e nos meses de inverno? Nos meses de invernia, certamente o vento exercia sobre Sinhá o papel de um implacável torturador, mas estas questões somente ela mesma poderia responder.
O fato é que, quando alguém atingia determinada distância de sua casa se ouvia latidos do que aparentava ser uma pequena matilha de cães. Se retrocedesse ou seguisse um pouco em frente os ladridos cessavam. Essa anomalia acontecia somente em determinado lugar.
A benzedeira se quer tinha cachorros, e nas demais casas da redondeza não havia ninguém que tivesse mais de um cachorro.
Esta constatação fizera com que o Sr Rodolfo lembra-se, do período em que havia morado perto de um Quilombo.
Segundo o mesmo no dia em que viera a falecer um Pai de Santo do Quilombo que, de acordo com as informações, costumava fazer trabalhos inteiramente para o mal, o Quilombo enchera-se de cães de todo o tamanho, cor e raça.
Que vínculo têm os cães com este tipo de seguimento? Você tem a resposta? Eu não tenho!
|