Sempre tive uma relação muito estranha com o tempo, ora eu o amo, ora eu o odeio, às vezes tudo o que eu queria era só mais um segundo, um segundo de amor, um segundo de felicidade, um segundo de boas risadas num fim de tarde. Mas as vezes o tempo gosta de brincar com a nossa alma, em momentos onde era para ele passar o mais rápido possível ele senta e espera, como aquele velho senhor sentado no banco da praça, com um olhar cansado e arrependido de ter visto a vida passar por diante de seus olhos. Mas agora é tarde, tarde demais para descobrir o grande amor da sua vida, tarde demais para desvendar a imensidão do mundo. Hoje ele apenas se lembra da vida que nunca viveu.
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