É com muita vergonha e autocomiseração que eu admito que estes textos, além de porcamente escritos, não têm o mínimo compromisso com a realidade, sendo a mais perfeita definição de fake news. Desinformação baseada em viés de confirmação, narrativa e má-fé.
Trazendo novamente a prática espúria adotada pela imprensa marrom de outrora, que parecia ter caído no esquecimento, adotamos as mais abjetas maneiras de exercer o jornalismo. Usando métodos nada éticos, não temos o menor pudor em mentir na cara dura.
Notícias sensacionalistas, acontecimentos inventados, montagens bizarras, fraudes descaradas ou interpretações tendenciosas, fazemos de tudo e praticamos o mau jornalismo em troca de algumas moedas.
Esses que empurramos para o serviço sujo são militantes incendiários travestidos de jornalistas democratas isentos. Selecionamos os piores alunos da rede pública de educação para ocuparem a nossa redação enfumaçada. Os nossos escribas assassinam a Língua Portuguesa e abusam do Wikipedia, apurando acontecimentos inventados, falaciosos, meros boatos ou puxados para um viés ideológico tendencioso. Essa gente mal-preparada não economiza em linguagem chula, de baixo calão ou mesmo palavrões. O intuito não é chocar os leitores, é apenas a péssima qualidade dos nossos contratados e, quase sempre, grosseria, mau gosto e a pura intenção de ofender.
Nossa secreta fonte é imunda e assim permanecerá, porque utiliza maneiras ilegais para nos abastecer de verdadeira muamba disfarçada de informação. A fonte, por ter o sigilo garantido por lei, ficará escondida no terreno pantanoso onde nascem os boatos. Esse é o nosso compromisso, jornalismo sujo, fétido e rasteiro para desinformar (enganar) o leitor, usando o método mais covarde e eficiente para isso, tamanha sua capilaridade.
Grandes players editorialistas lançam mão desses subterfúgios, porém não admitem. Pensando na expertise de quem engana a população por décadas, resolvemos criar nosso próprio instituto de pesquisas falsas, o Datagaz. Nosso instituto é especialista em direcionar preferências e manipular eleições. Erramos muito. A justificativa é a margem de erro (enorme) ou o “retrato do período”. A desculpa a ser usada depende das circunstâncias ou de qual vai colar.
Dispomos de várias frentes para uma persuasão nefasta mais abrangente e eficaz: jornal, jornal especializado em ecologia (Jornal Eco), revista, canal de televisão, TV a cabo, streaming, rádios AM e FM, gravadora e portal de internet.
Nosso objetivo é ganhar grana. Se você quiser se instruir vá ler um bom livro. Nosso compromisso é te iludir e ficarmos mais ricos. Gazeta Explosiva: espalhando lixo cultural há um ano e pouco.
|