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espelho dágua
Chico Caninde

Resumo:
Na po-Ética d´s´águas vale a pena defender o que ainda resta da laguoa do mundáu

Espelho D´Água

Entre as águas ando respiro suspiro e fluo oscilo entre o puro e profano tua blusa recolho impressões no eterno correr das águas
Sinto o correr do rio coronário nascente do coraçãopulso e escorro enquanto a luz penetra por veios escuros nas entranhas da mata procuro nas águas mornas morada do grande amor de cabelos e olhos negros Yara do Mundaú
Entre as árvores fluem ventos de cheiros suaves como encanto que atraem abelhas em bromélias entre tuas pernas cipós que não estrangulam
A alegria desanda em risos nos passeios de mãos dadas qual criança a colher cerejas e tomar o teu suor como licor.
Pássaros são mágicos em cantos de anunciação as cores explodem anunciando no ar novas matizes que decompões e recompõem
a nossa imagem no espelho d´água
A luz e a água serpenteiam presenteia e consagram a vida dos peixes os suspiros e as ilusões a água no sangue no fluxo da veia na boca sons de dizer
- Te amo ...E conviver com a diferença das palavras
do corpo da seiva e da saliva no que é água riacho de lamina fina leito e ponto de acalanto no arco dos teus braços
No destruir e reconstruir renovando a pele dos pés sentir o sal e ser o mar das águas recebidas
Correr a galope com a liberdade atrelada a tua e resgatar no sempre inserindo novas cores paisagens renovadas olhar e refletir a imagem e semelhança das nossas diferenças nas águas doces dos rios nas águas do mar e dançar a dança da sagração com as sereias como crianças alegres sem o medo de bulir em tudo que é pecado
Gritar livre entoando o canto das águas que correm em liberdade pelos tabuleiros colhendo cerejas aqui e ali perto e longe como as Alagoas.
Ser fonte rio Mar e maré eito marco madeiro na vida pelas águas cangaceiras.
E não lavar a culpa como um cristão arrependido pela morte das águas.   Chico Canindé 9.11.06


Biografia:
Francisco Canindé da Silva. Em Artes Chico Canindé. Tenho minha vida ligada as artes, teatro desde o começo dos anos 70.Nos oitenta comei a desenvolver a po-Ética d´s´águas e o teatro d´s´águas.Por fim acabei criando o concieto de hidrocidadania po-Ética d´s´águas teatro d´s águas hidrocidadania. Este é meu isntrumento de trabalho. vejam o blog http://hidrocidadanianpteatrodsguas.blogspot.com/
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