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A garota dos coturnos voltou
DIRCEU DETROZ

A investigadora forense Rory Moore fez aquilo com uma enorme tristeza no final de “Uma Mulher na Escuridão”. Para escapar de perguntas embaraçosas queimou o seu calçado favorito. O par de coturnos transformou-se em cinzas na lareira da sua casa. Até perguntaram quando viram Rory sem eles. A desculpa foi ter caminhado por um local de muito barro. Ninguém contestou.

Rory não aguentou andar “descalça” por muito tempo. Logo no começo de “Nunca Saia Sozinho”, ela entrou numa loja e comprou um par de coturnos novos. Não apenas isso. Enquanto investiga outro crime, com a Armand Marseille Kiddiejoy comprada num leilão, ela continua mostrando suas habilidades em consertar bonecas de porcelana. Seu parceiro Lane Philips e a cerveja preta “Dark Lord” também estão de volta.

“The Suicide House” no Brasil chamou-se “Nunca Saia Sozinho”. Não achei que o título em português foi uma boa escolha para traduzir o original. Lançado no Brasil pela Faro Editorial, é o quinto livro do escritor americano Charlie Donlea. O primeiro, “A Garota do Lago”, aparece por 68 semanas não consecutivas entre os mais vendidos da revista Veja.

Tudo começa com dois garotos, um deles adotado, colocando moedas de um centavo nos trilhos. Depois de voltar do leilão, Rory evita que Lane Philips morra num incêndio criminoso. Perspicaz, a investigadora forense encontra nas moedas achatadas pelo trem pistas para encontrar o verdadeiro culpado dos assassinatos. Com um diário como prova e o suspeito tentando cometer suicídio, a polícia tinha encerrado o caso.

“Nunca Saia Sozinho” narra os fatos separados no tempo e no espaço por um ano. Na Escola Preparatória de Westmont, um grupo de jovens se envolve com o jogo “O Homem do Espelho” no verão de 2019. Dois jovens são encontrados mortos. Um deles foi empalado na cerca de ferro. Outros daqueles jovens cometem suicídio se jogando na frente de um trem. Todos tinham uma moeda de um centavo achatada no bolso.

No vai e vem entre 2019 e agosto de 2020, dividido por sessões nos deparamos com o assassino lendo seu diário para uma pessoa. Na primeira sessão ele conta como matou o seu irmão. Nas outras vamos sabendo do pai violento. Da mãe que apanhava. Tudo observado pelo buraco da fechadura. O nascimento de um monstro. O erro do monstro foi ter mostrado sua coleção de moedas achatadas para um detetive agora aposentado. Gus Morelli investigou a morte do menino atropelado pelo trem no passado.

Como arma, o pincel usado para restaurar a boneca de porcelana foi mais eficaz do que a navalha. Desta vez, seus coturnos foram tingidos pelo sangue do assassino. No fim, o presente dentro da caixa no seu colo parece ser uma pista. Em breve, Rory Moore estará de volta. De coturnos novos, Rory “bem devagar, ergueu a tampa”.


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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