À Quésia Soares
Sou o arenito
que o vento
molda
esculturas bizarras
ou banais
com o tempo,
dependendo
do lado que sopra
e da velocidade
com que choca
na pedra fria,
desgastanto-a.
Caminho
e descaminho,
lento ou apressado,
em estradas amplas
ou estreitas,
dependendo
da liberdade
ou de obstáculos
interpostos.
Sou fruto
do momento,
mas tenho
que estar atento
que a cada dia
morre um pouco de mim.
|
Biografia: Médico aposentado, poeta e contista, membro da Academia Palmense de Letras(APL), da Academia Tocantinense de Letras(ATL),Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES)- Palmas -Tocantins. Obras publicadas: Do amor à Terra (poemas), Auscultando a Vida (contos), Terracanto (poemas), Caminhada (no prelo). |