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CIBERFOBIA DO PROFESSOR: ENTREVE NO ENSINO-APRENDIZAGEM
Robério Pereira Barreto

Resumo:
O ensino de linguagem na escola deve, sobretudo, atender às novas necessidades dos aprendizes, isto é, os profissionais que atuam na formação lingüística e cultural de adolescentes estudantes das escolas públicas do país precisam perde o medo e buscar interagir com as novas tecnologias de aprendizagem, uma vez que estão muito aquém dos desejos dos aprendizes. A maioria dos professores reluta em aprender os princípios básicos da linguagem veiculada na internete, tornando-se ciberfóbicos convictos justamente para se furtarem das novas possibilidades de aprendizagem, com isso evita-se mais horas de trabalho. Palavras-chave: Professor;Ciberfobia; internete; Educação; Aluno

O ensino de linguagem na escola deve, sobretudo, atender às novas necessidades dos aprendizes, isto é, os profissionais que atuam na formação lingüística e cultural de adolescentes estudantes das escolas públicas do país, estão muito aquém dos desejos dos aprendizes, uma vez que a maioria dos professores reluta em aprender os princípios básicos da linguagem veiculada na internete. Além desse “medo”, há problemas de ordem estrutural porque boa parte das cidades e escolas não tem laboratório de informática; aquelas que têm tal ferramenta a subutilizada porque as coordenações escolares ainda não criam programas para inserir seus aprendizes ao mundo digital através da escola.
Por outro lado, os púberes já se aventuram pelo mundo “www” saindo à frente daqueles que, de certo modo deveria lhes orientar na aquisição de conhecimento além livro didático. Com isso, se tem uma digladiar entre aprendizes capazes de encontrar na rede digital uma gama desconexa de informações e apresentá-la como sendo de sua autoria e o professor “analfabeto digital” que os aceitam sem condições de questionar este procedimento, uma vez que não sabem “navegar” pelos universos virtuais, onde possivelmente estariam armazenadas tais informações. (rede mundial é um espaço de consulta e aprendizado à medida que os usuários tenha consciência disso, todavia, o que se ver é exatamente o contrário; trabalhos escolares sendo mal feitos em virtude da ignorância ética da maioria dos consultores das bibliotecas digitais, sites).
Esta discussão vem sendo ponto de vários questionamentos entre os pesquisadores e estudiosos de tecnologia e educação, buscando informar que as tecnologias da informação e comunicação TICs precisam ser mais bem utilizadas pelas instituições educacionais. Entretanto, há o reconhecimento de que existe uma falta de querer por parte de muitos educadores, sobremodo, daqueles que se foram numa base educacional rígida, isto é, aprenderam que os livros são os meios de acesso à cultura e ao saber, esquecendo, portanto, os avanços das tecnologias nas quais estão mecanismos de armazenamento e circulação de informações em tempo real.
Assim sendo, “A interatividade é, com certeza, a marca semio-dicursiva da e na Wev, posto que os usuários do meio digital se comunicam a partir das interfaces que compõe o sistema World Wide Web.” (Barreto; Baldinotti, 2005, p. 41). Portanto, é neste sentido que a escola deve criar e promover instrumentos que levem professores a superação de seus medos, (cf. a psicanálise, é enfrentado os seus medos que os sujeitos os superam) em relação ao uso didático das TICs no sentido de ampliarem suas práticas pedagógicas, visto que na rede digital os discursos são produzidos e colocados à disposição dos interessados numa concepção de que nem tudo ali exposto é verdadeiro ou falso, cabendo aqueles que se interessa por qual ou tal informação decodificá-la e, assim, agregar valores para si mediante as representações que a cultura lhes atribuir.
Conflitos à parte, estar cada vez mais clara a necessidade do professor se conectar ao mundo digital e, com isso, aprender com seus alunos os mecanismos de linguagem e aprendizagem vigentes na cultura deles para, dessa maneira, dialogar com os novos saberes apresentados pelo mundo e cultura digitais e, sem remorso ou vaidade aprender a direcionar seu barco nos espaços virtuais promovidos pelas tecnologias da informação e comunicação.
Este sentimento de pertencimento tornar-se-á fato de motivação para a vida coletiva da comunidade escolar (aluno e professores aprendendo juntos a dominarem as “revoltas ondas digitais”, todos vivenciando e experimentando juntos às novas funções do ensino e aprendizagem, bem como discutindo as necessidades individuais e sociais de cada um, seria, sem dúvida a maneira de se superar a ciberfobia do professores. Entretanto, reconhece-se que tal tarefa é quase uma idealização, pois vários elementos culturais, sociais e econômicos depõem contra essa ideal de professor e escola.
Para Pierre Lévy esses aspectos são fundamentais ressaltar, porém é importante saber ainda que aos se estabelecer essas relações suscitam-se processos interativos nos quais “a inteligência ou cognição são resultados de redes complexas onde interage um grande número de atores humanos, biológicos e técnicos. Não sou “eu” que sou inteligente, mas “eu” com grupo humano do qual sou membro, com minha língua, com toda uma herança de métodos e tecnologias intelectuais (dentre as quais, o uso da escrita)” (Lévy, 1997, p. 135 apud Barreto; Baldinotti, 2005, p. 22).
Portanto, encarar a aprendizagem e os ciberdiscursos na web é pensar na melhoria das condições de trabalho de si mesmo como profissional da educação integrado ao mundo dos estudantes, dando lhes oportunidade de ampliarem seus horizontes, visto que assim o professor estará engajado e buscará melhor orientar meios para aquisição dos novos saberes exigidos pelo mundo contemporâneo.
Bibliografias:
BARRETO, Robério Pereira; BALDINOTTI, Sérgio. Ciberdiscurso e interculturalidade na Web. Tangará da Serra [MT], 2005.
LÉVY, Pierre.As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997.


Biografia:
Professor, EscritoR, Poeta, minicontista e haicaísta
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