cansada dos destroços
que lhe sobram,
esgotada,
exaurida pela dor,
clama ao que diz
o Deus Eterno, o Senhor:
- "misericórdia quero,
não holocaustos",
e a alma brada:
- quero amor!!
e levanta o dorso que soluça,
com os olhos contempla
a amplidão, o Novo Mundo
onde o jardineiro um dia lhe plantou.
e num murmúrio,
sussurra uma oração:
- oh, grande Deus,
estende de um anjo a mão,
pois a força de meu ser
para longe, muito longe... voou...
|