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Texto selecionado
NINGUÉM É DE FERRO! |
Tércio Sthal |
(...Se não sombrio,
ao menos mágico
ou misterioso...)
Perdi os ponteiros
Do meu relógio usual
E a minha bússola está sem
Propriedades magnéticas...
Já não conto os meus dias
Como outrora fazia!
Por vezes penso ser
Pombo sem asas.
Não costumo ver
Nenhuma vela no velador...
O meu mapa do tesouro
Jaz desfigurado!
Mas prefiro o fundo do Mar
A viver no fundo do poço.
Quando fui ao fundo do Mar
Aprendi a nadar de braçadas...
O Mar é bom demais para mim
Tem espaço suficiente!
Do fundo do Mar
Não vejo a superfície.
Não sei se passa algum Navio.
O Navio que me trouxe sumiu...
Dele não tenho saudade.
Nunca mais o vi!
Nenhum lugar é começo.
Nenhum tem meio, nem fim.
Se preciso for, pago o preço
Para começar e ir até o sem-fim...
Caso contrário, contrario
Toda e quaisquer expectativas!
Não costumo pagar nada
Pelo que não vale a pena.
Não pago nenhum valor
Pelo que não vale coisa alguma.
“Nada como um dia após o outro
E uma noite entre eles!”
Que tal a gente fazer, meu bem,
O que a gente bem entender!
E se não for para ser ato sombrio,
Que seja enigmático ou misterioso...
Até debaixo da água, razão e emoção.
Prazer também. Ninguém é de ferro!
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Biografia: Tércio Sthal, Natural de Tupã, SP, Poeta e Escritor, MBA em Gestão de Pessoas, Cadeira de nº 28 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, com publicações em coletâneas da Shan Editores, Autor de a Cidade das Águas Azuis e O Menino do Dedo Torto, Do Abstrato ao Adjacente, Inferências, Referências e Preferências em http://bookess.com e Lâminas e Recortes em Widbook.com
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