Não há grandes periodos felizes na vida real, na vida comum. O que há são momentos aleatórios de felicidades que as vezes compensam, que as vezes atenuam, que as vezes iludam. O bem e o mal, indiferentes no que se refere a dor, a alegria e a morte, se confundem com sarcasmo de um poder maior. Pessoas boas partem inexplicavelmente, sofrem demasiadamente, lutam, conquistam e são cruelmente ceifadas no banquete da vitória, sem o direito de usufruir da conquista, da calmaria após o sofrimento. Existem aquelas que vivem a vida em busca do amor em suas religiões, partem acreditando independentemente do quão duro foi a vida ou a morte, que conquistou um bom lugar em uma outra dimensão. Mas porque assim? Lá? Nocauteado? Porque a vida é tão injusta com algumas pessoas? A grande maioria das religiões respodem genericamente a estas perguntas com palavras vazias agarradas ao ar. Este lamento não é critica a fé, não é ateísmo, é nada mais do que um lamento!
|