No decorrer das horas que passam reflito sobre minhas descobertas a respeito de mim mesma.
O tempo construiu lascas e fendas profundas em minha alma que guardam sentimentos e momentos preciosos que passei, tanto de alegria como de tristeza.
Vasculho os longos textos de minha vida, rascunhados dentro de mim e encontro jornais inteiros de informações, vivências, labutas e conquistas adquiridas como aprendizado para meus próximos passos.
De metro em metro de minhas trilhas, ainda vejo minhas pegadas que ficaram como marcas indeléveis na alma e dali jamais serão apagadas.
Mesmo que lá fora, atrás dos portões do jardim, hoje cinzas de ontem, foram completamente apagadas, em meu interior permanecem nítidas e em negrito para que nunca esqueça quem realmente sou.
Não há como colocar uma fita métrica em minha vida para saber o comprimento de minha dor e de meus lamentos.
Nem mesmo medir ou pesar a quantia de amor e felicidade que dentro em minha vida habita.
Mas há que se saber que todos esses sentimentos e vivências refletem meu espírito e minha vida de forma autêntica, sem máscaras e sem enfeites...
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