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PANDEMIA
DIRCEU DETROZ

O breve
seduziu o instante
com uma última badalada.

E começou
em ritmo fugaz
a balada dos loucos.

Com vergonha,
os coadjuvantes usaram máscaras
para representar o script dos ignorantes.

De repente,
a multidão foi presa
entre quatro paredes.

De repente,
os fantasmas foram soltos
travestidos de fantasia presidencial.

O desenho cego
está se infectando
deixando moribundos sem colorir.

Nos desenhos cegos
nascem os heróis,
combatentes da pandemia.

Já não tão breve
as badaladas se arrastarão
para muito além do instante.


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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