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Vestido de Solidão
Maria

Quando na vida somos
donos de alguma coisa de verdade,
nunca deixamos de sê-lo,
aconteça o que acontecer,
nem mesmo quando morrer,
o que é nosso,
nunca deixará de ser.

Se tinhas um pomar gotejante de frutas,
um jardim florido
e tangente de esperanças,
ligado à sua vida,
mesmo que já não mais de todo seu,
mas de todos,
nunca deixarás
de disso tudo ser senhor.

Se eras dono de todas as verdades,
mesmo que de verdade nenhuma,
então tens todo o conhecimento de ti,
da vida, dos outros,
do mundo,
para em frente continuar.

Se não eras dono dela,
tua querida flor,
mas o eram três reis e uma rainha,
então nunca tiveste nada
e não tens nada para perder,
nem para chorar,
porque nunca na vida vi,
alguém perder
o que nunca chegou a ter.

São donos dela então,
esses três reis,
teus irmãos,
e essa rainha mãe.

Esse foi teu problema,
te questionaste demais,
sobre ela, tua flor,
que te garanto,
não é mulher calceteira,
nem uma alcoviteira,
mas é mulher,
simples, normal,
mulher, mulher-flor.

E nunca estiveste sozinho,
mas assim sempre te sentias,
sabe por que?

Talvez estás tudo errado a entender,
achas que a felicidade
está em coisas
onde nunca encontrarás
e se assim continuares a buscar,
cada vez mais vazio e só,
vais ficar.

E foi assim que você se perdeu.
E quando encontrou a jóia
que o despertou
e em outro sol o transformou,
sem perceber,
se descuidou,
de cuidar do que já tinhas,
sem saber deixaste a flor sozinha,
porque não tinhas mais tempo,
para tudo arrumar,
para o tal alinhamento dos astros,
que sempre iria chegar.

Além de que tinhas
que muito tempo investir,
para conquistar a dama de giz,
que já se entregou,
depois de pouco relutar.

E foi aí onde erraste,
porque de todo não cuidaste,
só uma vez no dia a visitaste,
e ainda quando falavas,
palavras confusas,
dava para ver que enrolavas,
a flor percebeu e voou,
mas em mim ela pousou,
e agora...
mora aqui,
onde estou...

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