Marcelo assina um termo de afastamento por repreenssão a má conduta no local de trabalho.
Roney olha para o colega ali, logo vê este pegar sua pasta e sair da sala cabisbaixo.
Leandra ali da janela de sua sala olha o homem sair e senta no sofá, se debruça nas pernas em um choro contido.
Valéria tenta dançar com Moisés mais o garoto foge desta, o som é alegre, um bom forró sai das potentes caixas do aparelho de som que Carmem trouxera de São Paulo para fazer melhor o lazer das garotas nos momentos em que não estão a trabalho no salão.
José passa por eles e sobe para o quarto de Carmem, ali Matilde esta a passar tintura nos cabelos de Carmem.
- Atrapalho?
- Não José, nunca.
- Senhora temos de tratar sobre as compras da semana.
- A sim José, já fez a lista, é só me passar que eu reviso.
- Aqui.
- Obrigado.
- Tem algo mais.
- O quê José?
- Uma moça me pediu que lhe entregasse um bilhete.
- O que será, não vou contratar menores, já disse isso várias vezes, me ferrei muito no passado.
- Acho que não se trata disso.
- Por que José, andou lendo?
- Jamais senhora.
- Agora virei de vez a senhora daqui. Risos.
- Tá certo.
- Me dê o papel.
- Aqui.
O homem sai dali, Carmem abre o papel e logo as primeiras linhas sai do lugar e senta á beira da cama.
- Covarde, miserável.
- O que foi Carmem.
- Mateus, aquele delegado de merda...
- O que aconteceu?
- Ele tem outra.
- Como?
- Como, como, oras Matilde, tendo, aquele vigarista quer se dar bem, mais não vai.
- O que pretende fazer Carmem?
- O que já fiz com outros Matilde.
- Mais e seus sentimentos por ele?
- Acabou, a menos de 1 minuto atrás acabou-se.
- Nossa, sabe, morro de medo de você.
A mulher sai dali indo para o banheiro e logo retorna tomada banho com um turbante na cabeça.
- Meu pai, Carmem eu não terminei de pintar seu cabelo.
- Depois Matilde, depois.
A dona do Flor sai em rapidez e na calçada pega um carro de aplicativo.
- Para onde senhora?
- Para Prudente por favor.
- Mais vai custar.........
- Não perguntei valores, por favor só me leve, tenha certeza que receberá.
- Sim senhora.
Sofia já vai sair da casa do irmão quando Matilde chega a porta.
- Oi.
- O que foi, quer falar com Mateus?
- Foi você não foi?
- O que mulher?
- Foi você que mandou o bilhete lá no Flor.
- Qual é Matilde, quer fazer a Samaritana?
- Não, mais não acho que deveria ter feito isso.
- Olhe Matilde, para seu governo não sou obrigada a te ouvir, tampouco aceitar seus conselhos, olha bem para mim, que fique bem claro, não te quero mais nesta porta.
- Por que me trata assim?
- Olhe Matilde fui muito amiga da sua filha, só que ela não esta entre nós.
- Eu sei, sempre fiz bons olhos para a amizade de vocês.
- Agora vai.
- Sabe o que vai acontecer, ela deve estar á caminho de Prudente, seu irmão vai ser transferido.
- Ela nunca conseguirá isso, não tem poder para isso.
- Eu não pagaria para ver.
- Vai embora.
- Adeus.
14022020..............
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