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Terça-feira, mais um dia voltando do trabalho, estou no meio de um habitual congestionamento, este, que enfrento todos os dias ao voltar do trabalho, que fica a 20 km de minha casa, como moro em São Paulo, já virou habito essas 2h que passo parada esperando um engarrafamento de 186 km.
No meio do caminho, acabo presenciando um dos piores acontecimentos de minha vida: um carro vermelho, dirigido por um Jovem chamado Rodrigo, acaba batendo em um azul, de Roberto, que ao não ser socorrido imediatamente, pega um revolver e mata Rodrigo.
Chego a minha casa ainda atordoada, não sei bem se o que vi foi realidade, mas, ao ligar a televisão vejo no noticiário:
-Pela sexta vez em 12 dias, São Paulo bateu recorde de engarrafamento. E, dessa vez, uma briga terminou em morte.
Aumento o som da televisão para ouvir e entender as medidas que serão tomadas, e não acredito ao ver empresas discutindo preços, e pessoas dando opiniões que estão longe de serem soluções:
-para acabar com os congestionamentos a melhor opção é fazer um anel rodoviário, ligando as principais estradas. Cobrando 1,30 de pedágio.
-Não adianta anel, tem que parar a carga e descarga nos horários em que ocorrem mais passagem de veículos.
-Tem que usar o dinheiro de pedágios para melhorar o metro.
-Minha empresa faz os anéis e melhora as estradas por pedágio de 1,17.
Paro e analiso as soluções sugeridas, em todas envolvem dinheiro de pedágio, mais dinheiro usado sem nos perguntar o que achamos dessa situação, qual é o melhor recurso, afinal esse dinheiro é nosso. Concluo que nem anéis, nem metros, nem Proibição de carga e descarga vai acabar com a violência no mundo, pode diminuir um pouco o congestionamento, mais nada vai conseguir mudar o nosso Brasil. Pois o pior não é o tempo gasto no engarrafamento, e sim as conseqüências que essa superlotação de veículos esta fazendo com nosso planeta, e o ponto em que chegamos: matar uma pessoa por causa de uma batida? Não acho que essa violência ira acabar com tais recursos, talvez ela nunca chegue a acabar definitivamente.
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