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Como se fosse hoje pela manhã, minha mente é povoada por imagens de uma triste lembrança, ecos de um passado que nitidamente grita dentro de meu ser, estamos nos primórdios da era Collor, o Brasil, ainda engatinhando pelos caminhos da democracia plena, ainda tem muitos medos e reservas, pois o medo do retorno de uma ditadura ainda paira pelo ar, pois a era terceira etapa da transição democrática, a segunda, comandada por Sarney, não tivera os resultados esperados, e muitos brasileiros ainda eram simpatizantes do regime militar relativamente brando realizado por Figueiredo que inclusive se fosse candidato em eleições diretas daria muito trabalho aos candidatos Lula, Collor, e FHC, talvez a historia do Brasil fosse outra.
Mas eu apenas fiz essas colocações para situar nosso leitor mais saudosista, visto que de fato quem realmente polarizava as atenções do mundo era outro político, Sim o mesmo que tem em si quase toda atenção do mundo de hoje, ele mesmo, o famigerado Sadam Hussein , Na época gozava de grande influencia dentro do mundo árabe, e gozava de certa complacência de qualquer ativista do anti-americanismo do mundo. Nada justifica suas atrocidades ou sua ganância pelo poder, que mancharam os desertos do Iraque e paises vizinhos de muito sangue inocente. Esse louco criado pelos americanos, para ser o pivô de uma grande guerra que atingiria as proporções de mundial foi programado pela CIA para ser o senhor da guerra contra o Irã, e com o apoio americano destruir o mundo dos Aiatolás. Mas os americanos que não haviam aprendido nas com o Vietnam mais uma vez estavam criando uma cobra venenosa e a deixaram solta em sua casa. Sadam que é sunita não conseguiu unificar a maioria xiita do povo do Iraque, que comunga com o regime iraniano, e não teve a paciência necessária para controlar o desequilíbrio político-religioso pela diplomacia, coisa que não lhe foi ensinada pelos americanos que apenas queriam ter uma fera indomável lutando contra os persas (iranianos). Sadam que sentia seu pais dividido, e sem possuir nenhum mecanismo político que pudesse unir seus sunitas e xiitas, encontrou uma formula mágica. Invadir o Kuwait, que era assim como a Arábia Saudita, um Oásis do ocidente implantado em pleno Islã, com isso Sadam conseguiu a unificação do povo iraquiano, a paz com o Iran, Apoio de paises extremistas como Líbia e simpatia dos povos islâmicos, que adoram uma guerra santa, contra os inimigos de Maomé. Americanos como sempre dotados de seu grande senso de justiça e amizade desinteressada, não poderiam ficar de braços cruzados, diante de um conflito que envolvia algumas dezenas de cristãos que residiam no Kuwait ocupado e saíram em defesa destes, com um grande poderio bélico, muito maior que o de Sadam que recuou, deixando uma grande coluna de fogo em poços de petróleo que ardiam por todo o Kuwait. Para os Americanos, essa guerra custou a perda das eleições para o Bush pai, que ao imitar o pesadelo vietnamita do democrata Lyndon Johnson que desistiu da tentativa de reeleição, simplesmente, teve em suas mãos a responsabilidade de tirar do poder o partido republicano. E vieram os anos Clinton, com muito progresso e certa tranqüilidade para o povo americano, e para o mundo, quase conseguindo a paz entre Israel e Palestina, embora as feridas do conflito com o Iraque nunca fossem cicatrizadas, Clinton conduziu seu governo com extrema inteligência e equilíbrio, porem como nada é perfeito. Houve muitos escândalos, que quase o levaram ao impeachment. A perda de popularidade impediu que o candidato a sucessão democrata pouco carismático não obtivesse um resultado satisfatório nas eleições presidenciais, inclusive até hoje existam democratas dizendo que ganharam mas não levaram. Porque quem levou foi Bush, não o pai, mas o filho. Esse com toda uma magoa guardada, tinha em mente lavar a honra dos Bush a qualquer preço, para tanto teria de tirar outra pedra do sapato, outra planta daninha que eles mesmos semearam, só que essa era bem mais simples, estava no Afeganistão e também fora plantada pela CIA, para minar o regime de Moscou que ocupava militarmente as progressistas terras Afegãs. Isso foi jogo rápido, pois o regime extremista do Taliban , somente possuía o apoio americano, e após a retirada dos russos seria fácil tira-los do poder como foi feito. Porem o que não se contava era com o grande poderio de seu aliado, Osama Bin Laden, Um grande senhor da guerra que resolveu peitar os americanos e não se limitou a enfrenta-los em solo islâmico, o homem possui o respeito de toda a comunidade islâmica e atacou Washington, Nova York e outros espaços aéreos americanos tendo obtido um grande troféu, a derrubada do símbolo do capitalismo, as torres mais altas do mundo. Para Bush então não restava opção, seria ponte ode honra cortar a cabeça de Bin Ladem, mas até hoje falhou, porem resolveu voltar á idade Media e se investir da autoridade Papal e salvar o mundo do terror islâmico, de Saladino (Sadam) porem para sua cruzada precisava de um Ricardo III, isso foi fácil, Tony Blair o primeiro ministro da Rainha Elisabeth sempre quis interpretar o papel de rei e a oportunidade lhe caiu como uma luva. Os despojos de Sadam poderiam suprir a ilha britânica de petróleo por um bom tempo.
Bush agora estava contando com um grande aliado, mas precisava da legalidade para derrotar Sadam, e reúne a Onu para avalizar a invasão. Todavia para que essa invasão fosse reconhecida como legal seria preciso de mais motivos alem do seu ódio por Sadam ou o inescrupuloso interesse de Blair pelo ouro negro. Então ficou decidido entre Bush e Blair, que Sadam seria um fabricante de armas químicas e que eles então teriam o direito de invadir o Iraque assim que isso fosse comprovado pelo conselho de segurança da Onu, que faria as verificações sistemáticas. Isso se daria em conjunto com as forças dos Paises otários da OTAM, Os fiscais do conselho não encontraram prova alguma, porem a CIA e o Serviço secreto inglês, sem James Bond, claro, deram um jeito de forjar documentações e mesmo sem o aval da ONU o Iraque foi invadido e Sadam derrotado. Isso que tem custando milhares de vidas de iraquianos desde a ocupação militar e a implantação do governo democrático xiita de Washington em Bagdá. Que espero que estes tenham laços estreitos com os Aiatolás xiitas do Irã, que veneram tanto os soldados americanos que os quer assassinados para que sejam lembrados por suas famílias com muita honra.
Gostaria que apenas refletissem, e se colocassem na pele de um cidadão iraquiano comum, que não se importa com a democracia ou nem sequer entende nada sobre os valores do ocidente, que ao ver todos os seus valores vilmente usurpados não por um iraquiano, mas por ocidentais totalmente nocivos ao seu modo de vida, Creio que nós brasileiros, também ficaríamos revoltados, digo por mim, pois tenham certeza, trocaria minha vida e a vida dos meus filhos pela vida de qualquer um dos nossos presidentes e treinaria meus netos na condição de que eles não devessem morrer sem antes ter matado pelo menos dez invasores de nossa terra. As diferenças e descrenças com os meus governantes deixariam de existir desde que a guerra fosse contra vilões invasores, acredito que até os bandidos do PCC e do Comando Vermelho, estariam lutando do nosso lado como irmãos numa batalha desta natureza, mesmo que as chances de vitória fossem mínimas, teríamos unido as forças de Antonio Carlos Magalhães que de mãos dadas com Heloisa Helena, protegeriam Lula com a própria vida se preciso fosse, e tenho plena certeza que nenhuma mãe brasileira recusaria oferecer o sangue de seus filhos numa causa dessa grandeza. Todas as notícias que temos dessa infame guerra são manipuladas, e chegam para nós totalmente distorcidas, assim como acredito chegue ao povo americano, que creio se tivesse conhecimento da verdade jamais daria um voto de reeleição a Bush. Fiquei feliz em saber do resultado do julgamento de Sadam que foi condenado á morte. Mas eu ainda espero viver para assistir o fim do julgamento de Bush por seus crimes de guerra que tanto ou mais graves quanto aos de Sadam, dizimaram milhares de vida com suas mentiras em nome de nosso cristianismo. Solidarizo-me aos heróis de Iraquianos que morrem todos os dias em confronto com os invasores defendendo sua pátria.
Mil Beijos a nossos(as) patriotas brasileiros.
NOTA: Este material é de minha autoria é livre para reprodução total ou parcial de seu conteúdo ou idéias, o meu interesse é apenas divulgar meus pontos de vista, Esclareço; Não sou jornalista, não tenho intenções políticas ou religiosas, nem sou formado em qualquer área de humanidades, muito pelo contrario, sou um peão artista, desocupado e desempregado.
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