De acordo com o historiador grego Heródoto, é necessário pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro. Diante desta citação, é perceptível o valor dado ao passado desde a Antiguidade e a consciência de que o determinado momento presente é fruto de acontecimentos passados. Percebe-se deste modo que o hoje é vivo e reflete os erros e acertos do ontem, pois o tempo é dinâmico e o passado, incisivo e não-estagnado. A partir de conhecimentos que dispõe-se nos dias atuais, é possível por exemplo, estudar o passado de forma mais eficiente e conhecer mais sobre o presente momento.
     Olhar para o passado não consiste em simplesmente vislumbrar-se com o que ficou para trás, lamentar o que poderia ter ocorrido na histórias das civilizações ou enxergar a história como uma breve sucessão de fatos, mas sim em analisá-lo de forma crítica, aprender com os erros e a partir de mudanças estruturais, buscar formas significativas de melhorar o momento histórico-social no qual nos inserimos. São as raízes de um povo ou de uma nação que garantem bases sólidas que propiciam a construção de uma identidade, é em sua base que se encontram intricados os princípios e toda sua essência. Ignorar a história é portanto, sinônimo de depreciar o presente, além de tudo o que já se fez, conquistou e batalhou para que chegássemos até aqui, mantendo histórias e tradições, ou até mesmo encontrando meios de inová-las.
     Um dos maiores legados históricos que o Brasil herdou ao seu povo, é sem dúvida, sua língua, que assim como o tempo, mostrou-se dinâmica. Esta é o resultado de uma construção coletiva entre grupos étnicos distintos como nativos indígenas, africanos escravizados e colonizadores estrangeiros, que com o passar dos séculos, sofreu inúmeras adequações. Além disto, a herança artística, musical e literária é outro aspecto que atravessou momentos históricos de grande importância e configura-se muito mais que um mero detalhe, pois é um elemento transformador que nos auxilia a compreender e comparar a história do Brasil.
     Torna-se cada vez mais evidente o fundamental papel exercido pela cultura e pela educação, juntamente com a importância da preservação de museus, arquivos históricos e o incentivo ao teatro, à leitura, às exposições de arte e ao cinema, como meio de contato com o ensino da história. É essencial entender a história como um organismo vivo e pertencente ao presente, jamais encerrado, empoeirado e encarcerado em livros pesados, pois tudo o que hoje podemos considerar passado, já foi a esperança de um amanhã para muitas gerações.

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