Eu tenho oculares que anseiam pela vida,
Na tela do horizonte esquecido por rotina,
Que é pintado do sombrio ao anil,
Com alaranjado e tons rajados do Rei.
Aqui o raro orvalho é uma sagrada jóia,
Quando sentia-o tocar em meus lábios
O beijo da Natureza sondava meu coração.
Desejo sentir apenas das suas gotículas
E não mais daquelas velhas lágrimas,
Parei de plantar espinhos,
Sinto eles se voltarem ferirem minha carne.
Você se recusa a admitir
Mas em grande parte
Nós optamos trilhar um caminho
Desviando o olhar da realidade,
Desertando com uma frágil vestimenta.
Sol a Sol
Lua a Lua
Pelas areias do tempo,
É preciso achar um Norte
Entre o céu azuláceo
E a fútil miragem,
De palácio.
Poder sentir o ventre
Da doce musa nascente
Com malícia e miríade
De amor.
Já que ele é em verdade
Como uma fonte saciante
De sabor,carícia
E cor.
Quando escuto-a jorrar
Lembro de meu amor vertente
Em verdade,saliente,
Por Isis.
Sol a Sol
Lua a Lua
Pelas areias do tempo.
Esse amor e amizade,
Junto às caravanas e pobres,
Porém muito nobres,
Cabanas dos companheiros,
Que com risos matreiros,
Somos forasteiros pela vida.
Esse amor e amizade,
Junto às aventuras e poemas,
Que não muito esnobes,
Curam-nos todas as feridas.
E com viço certeiro,
Somos forasteiros pela vida.
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