Mais óbvio que a leitura é a data que assino, o descontentamento do ato intolerante de escrever. A data torna este com validade curta, e a leitura, a unica forma de saber o que escrevi, assim espero! Pois o lixo digital impossível de reciclar, devasta mentes e oculta o saber.
Em plelo século XXI, o grande Coliseu (as redes sociais) massacra seus próprios espectadores! E custa pensar que tudo está apenas no começo, não obstante, as grandes possibilidades que o momento atual oferece: novas tecnologias e avanços em todos os campos das ciências. Galgar por sentido ou razão, parece no mínimo incoerente, frente aos saberes absolutos que se manifestam com respostas prontas - as armas dos gladiadores ocultos.
Uma gerra de todos contra todos! O escracho da alteridade.
Curiosamente exige-se, postura sem postura mínima . Em tempos de "amores líquidos", relações descartáveis e comportamentos desregrados postulam curtidas tendo como moda, a lei do respeito minimo.
Enquanto os "autores" da história atual se degradam, em pouco mais de 24 horas um bom livro entra para a coleção de meus livros lidos. No entanto, os intervalos, por vezes forçados por uma diarreia, percebi que eu mesmo participei da grande luta inútil, onde liberdade é confundida com necessidade de postar o que quero, sem o mínimo de respeito a alteridade. Se não fosse sério seria uma péssima piada - é contagiante - tem algo que não da para ver nem no banheiro!
Enquanto tento fazer uma síntese entre meus propósitos e a vida que levo, vejo um monte de possibilidades na palma da mão, que se quer questionam sobre a construção de um propósito global. A defesa de posições inconformes a racionalidade, degradam o respeito ao outro e suas particularidades.
Soa no mínimo careta não "entrar na onda"! No entanto, nada mais óbvio usar com racionalidade a própria liberdade e dar um voto de descontentamento a essa onda de utilizar os meios mais baixos possíveis para "dizer o que pensa". É como dizer: escondidinho vale tudo! Não. Esse é o pano de fundo da sociedade atual, e com essa reflexão é possível dar a volta ao globo terrestre e perceber o quanto o ser humano não valoriza a perpetuação da própria espécie.
A intolerância que produzimos hoje é a resposta da falta de tolerância e de posições mornas que temos como formadores de opinião.
Calar-se, eis a ousadia que não quero ter!
Mesmo que, o monte de lixo digital já tenha tomado outras proporções. Seria este uma parcela? Não importa.
Santa Mônica - Paraná - Brasil, 9 de novembro de 2019.
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