Há uns dias eu estava andando pelas ruas frias dessa cidade esquecida, pensando sobre diversos assuntos que deixam minha mente e alma inquietos.
Quando me deparo com um homem acabado, vivendo sem vida alguma, sem nenhuma esperança da vida, com sua alma apodrecida pelas pessoas que ele amou. Sentei-me ao lado dele, e ele começou a me contar seus traumas, tristezas e tudo aquilo que o assombrava.
Ele me falou de seus problemas com sua família, com seus amores passados, com sua própria mente, de todo o lixo que ele havia absorvido das pessoas, e daqueles que lhe traíram. Ele deu uma ressalva especial à seu último amor, aquela que o levou para uma linda e ao mesmo tempo traiçoeira realidade.
Ele se deu o luxo de amar uma mulher e se deixar levar por ela, que fez com que ele se destruísse antes mesmo que ele percebesse.
Prestei atenção em como este homem me falava tudo isso, com tranquilidade e ao mesmo tempo um imenso pesar na consciência. E comecei a pensar que este homem já estava tão apodrecido que se corvo pousasse ao seu lado, ele estaria feliz de tê-lo como companhia.
Então me acordei desta reflexão, e notei que este homem era na verdade, eu.
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