O TORÓ DA TARDE
De repente, um corre-corre de um lado para o outro na morena faceira do norte. Para quem não está acostumado e não está preparado com seus guarda-chuvas. Não adianta reclamar da sorte, do toró da tarde. Ela vem descendo, cantando em versos e prosas, sem rimar, molhar a bela capital do nosso Pará. A chuva da tarde quando vem, vem chegando de mansinho, manhosa, avisando em pequenas gotinhas. Generosas, se instalando, transformando o dia em noite cinzenta, turbulenta…...um ar plúmbeo, vindo do guajará, aliviando o doce calor de rachar a testa do belemense. Causando um tremendo burburinho pela cidade. Para os desavisados transitar, estacionar nos acostamentos da via pública, se torna um grande desafio e aventura nos corredores,….. nas corredeiras de lagos....rios...poças.., que se formam no fino asfalto, causados pelos alagamentos tão esperados. Pode esperar. É fato; não tem como, por onde se livrar. Afinal: como diria o nosso eterno Rui Paranatinga Barata…... “este rio é minha rua, minha e tua mururé…...”,
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