Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Telemarketing
A realidade do Call Center
Paula Pereira Soares

Resumo:
Contar um pouco do que vivi trabalhando em um call center, demonstra a triste realidade que muitos trabalhadores passam no seu dia-a-dia, sendo eles pessoas que muitas vezes dependem do emprego e não possuem outro ambiente para se sobressaírem, por fim nesta biografia, é declarado explicitamente o que um telemarketing vive.

Quando iniciei os meus serviços como agente de call center junior tive uma visão de inicio que seria bom, tanto no aprendizado, quanto nos benefícios, não estou escrevendo para criticar a área, mas acredito que algumas mudanças deveriam ser feitas neste ambiente, o treinamento me foi dado, eu vendia planos de uma operadora na qual é irrelevante citar o nome e confesso que no inicio obtive vantagens e foi muito bom, entretanto, meus dias na empresa passaram a ser estressantes e não digo isto pelos clientes, que muitas vezes me xingavam ou falavam em tom alto aos meus ouvidos, afinal quando se é telemarketing "você aprende a ouvir o cliente", digo da gestão em que passei, havia contrito, fofocas, confusões e o pior de todas essas palavras (falsidade), o que me manteve por 1 ano e 5 meses neste lugar foi o fato de que neste meio tempo eu realmente precisava do emprego, eu e minha mãe tínhamos ele como nosso único sustento, como muitos entendem, várias contas para pagar, nesse tempo eu comecei a escrever histórias de terror sobre o meu emprego que posso confessar que ficaram muito boas modéstia parte, mas fui altamente repreendida, pois todos liam essas histórias e gostavam, então minha supervisora achou que não era adequado "incentivar" o lado ruim das pessoas, todos os dias eu me levantava pela manhã cansada, parecia não ter fim, quando chegava no serviço ainda precisava fingir que estava tudo bem, afinal até a fisionomia precisava ter traços alegres se não era mal visto, existem empregos piores? SIM! Porém se fossemos fazer um "top five", telemarketing estaria em um deles, não pela vergonha, mas pelo estresse, a tristeza de quase todos os dias, a mente cansada querendo "respirar", sei que existem lugares onde as pessoas se sentem bem trabalhando com esse serviço, por isso não vos julgo, apenas relato a minha experiência em um lugar assim, onde apenas o que era bom, era o salário, mas não valia a saúde mental.


Este texto é administrado por: Paula Pereira Soares Fonseca Rocha
Número de vezes que este texto foi lido: 59439


Outros títulos do mesmo autor

Biografias Telemarketing Paula Pereira Soares


Publicações de número 1 até 1 de um total de 1.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
É TEMPO DE NATAL! - Saulo Piva Romero 60235 Visitas
Naquela Rua - Graça Queiroz 60193 Visitas
Um conto instrumental - valmir viana 60170 Visitas
PÃO, CIRCO E AMOR - Lailton Araújo 60152 Visitas
Vida Amarrada II - Lenda Dupiniquim - J. Miguel 60147 Visitas
441 anos de Sepetiba – Comemorar e lembrar para evoluir? - Bianca de Moura Wild 60127 Visitas
RESENHAS JORNAL 2 - paulo ricardo azmbuja fogaça 60112 Visitas
O Desafio do Brincar na Atualidade - Daiane schmitt 60083 Visitas
"Caminantes" - CRISTIANE GRANDO 60083 Visitas
Viver! - Machado de Assis 60082 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última