Você sente como se pudesse chorar um mar
De tanta tristeza que carrega seu olhar?
Lágrimas carregadas de uma solidão surda
que te impede de encarar a luta?
O teu doente olhar
É como uma cachoeira
Que Deságua no mar
E por si só, forma uma grande correnteza.
A sombra assombra o olhar triste.
A tristeza entristece o ser que persiste
Sofrendo por algo que incomoda,
Sofrendo tanto por algo que o estoura.
Tão fragmentado, em pequenos pedaços,
Pela sua mente e corpo cansados
De nadar e nadar no mar
de lagrimas que caíram do seu tamanho pesar...
O mar, ao longo do tempo, aumenta
Assim como o vão
Que fez a depressão
Em sua alma que pelo vazio tanto lamenta
E pelos seus erros que tanto se condena.
Até que uma hora voce se cansa de lutar,
pois cada vez tem mais mar para nadar.
Cadê o fim desse mar da agonia?
Você pensa bem se há uma outra saída.
Assim que a minha mente
Decide procurar mudar a realidade a sua frente,
O fundo do mar começa a se enfurecer
Já que a mente é a pior ameaça a fazê-lo se enfraquecer.
O mar não tem escolha quando a mente
Procura ajuda médica, psiquiátrica, psicológica e espiritual frequentemente
Para desestimular o crescimento do mar
Como a depressão que começa a se desestabilizar.
O mar vai diminuindo
Pelo poder da mente que vai unindo
Os pedaços da alma em harmonia
Para poderem recomeçar sua vida.
Veja os enganos e faça novos planos.
Veja as dores e procure por novas cores.
Veja o mundo que se move como um moinho
por ser essa sua característica e não porque quer ver você se destruindo...
A sua mente é sua aliada
Para que a mágoa seja amenizada.
O mar secará ao procurar aquilo que a incomoda
E ao buscar elaborar em si para que isso mude uma hora.
A dor que a espatifou
Deve se transformar
Para ser o motivo que a levou
A contribuir de alguma forma para o incômodo mudar.
Devemos ver a dificuldade
Como algo que nos traz maturidade
Ao nos sentir capazes de secar um mar
Seja quantas vezes ele volte a se formar.
Tantos aprendizados pelas frustrações
Podem amadurecer os pacientes corações
já que sabem que podem escolher
entre serem afogados no mar da melancolia
e serem humildes para aceitar a errar e aprender na vida
Porque se veem como agentes aprendizes com autonomia.
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