Deus que me livre
Encontrar pela manhã
A proposta do alvitre.
- Vai chover na terra seca,
E essas velhinhas
Entendem mais de nuvens
Que os próprios cientistas.
Varrem para fora da calçada
O seu baú de memórias.
Passa a menina,
Com seu frescor de escola.
Bate as 11 horas no sino,
Começam a sinfonia dos talheres,
Fecha as portas o relojoeiro.
Termina o detalhe o ourive
Passam os números do engenheiro,
O velho, do outro lado da rua,
Escarra metade do espírito.
Parece que o mundo é a rua XV,
E o jornaleiro que la passa
Das noticias regionais
Mostra que o XV
Definitivamente.
Não é o número do mundo.
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