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A escola pública nunca foi de interesse do governo. Até a presente data nenhum governo realmente encarou a educação como meio de solucionar as problemáticas existentes em nosso país.
Inicialmente se priorizava o ensino superior. As escolas primárias eram raras e ineficientes. A Mulher era vista como uma figura que não precisava “saber muito”, apenas rezar e é claro “ser mãe de família”. A escola foi acompanhando os movimentos históricos e políticos, mas verdadeiramente nunca foi prioridade. Tivemos escolas que moldavam o pensamento de acordo com o interesse dos governantes, mas também tivemos revoltas e manifestações contrárias a essa forma explicita de manipulação, o que demonstra que o objetivo não era plenamente alcançado.
A escola que temos, está próxima da escola que queremos? Atualmente podemos dizer que temos escola para todos, mas em contrapartida qual a qualidade dessa escola? Atualmente temos altos índices de analfabetos funcionais, frutos do descaso com a educação, das “experiências” malconduzidas de métodos por modismo. Não posso deixar de mencionar a má formação do professorada, o curso de pedagogia foi sendo transformado em uma opção barata, que não necessita muito esforço, aulas a distância que não exigem condições mínimas dos estudantes. Abrindo um parêntese: Na direção, recebo muitos alunos procurando estágio (na verdade querem assinatura), me nego a assinar sem o cumprimento, tento mostrar que a “residência escolar” deveria ser exigida, mas infelizmente não conseguem perceber essa necessidade, acreditam que pelo fato de terem estudado vários anos na vida, sabem tudo de escola e sem falar nos relatórios de alguns que possuem mais erros ortográficos do que os meus alunos de 5º ano.
A educação para podermos afirmar que avançou, ainda precisa de muito investimento, desde a formação dos profissionais até a infraestrutura da escola.
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