Não me peça
Nobre cavalheiro
Pra ser uma mulher madura
Liberal
Não
Não!
Venho de outra Cultura
Não
Não
Você não!
Não quero suas flores
Não quero suas poesias
Não vê
Não percebes
Meus tabus
Meus conceitos infantis
Não cresci
Uma lágrima verte
De meu olhar
Minha linha do prumo é limitado,
Arcaico
Minha cultura é não acompanhar
Os intelectuais que acham tudo normal
Natural
Nas suas formas aberradas de serem
Me sinto triste
Fico pra baixo
Eu sou assim!
Nada farei pra agradar
No meu modo de ser!
Sou dotada de mudança
Eu sei,
Precisarei de tempo
Do que não consigo engolir
Sou briguenta
Birrenta
Faço guerra
Bato o pé
Esperneio
Choro...
O alheio não mudará minha visão
De minhas convicções !
Enfim:
Quando as convenções me são impostas
Nada e nem ninguém
Fará mudar,
Meus conceitos
Preceitos
De meu eu,
De mundo!
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