O cenário apocalíptico está pintado.
O que será das novas gerações? Computador, tablet, celular, redes sociais, youtube, internet, wi-fi, tudo é virtual! Eles não leem mais. Qualquer coisa que dure mais de três minutos já é enfadonha (ops, não se usa mais essa palavra, acho que seria melhor falar chata…) Eles estão perdidos e nunca saberão o prazer que é entrar em uma boa estória e viajar pelas palavras e parágrafos, ou saber o que é sentir o toque e o cheiro de um livro…
Será?
Sei que esse é o cenário que muitos acreditam, mas será que as coisas são bem assim?
O mundo muda, as coisas mudam e nós também mudamos. Que bom!
Novidades surgem a cada minuto, mas crianças e jovens continuam curiosos e desafiadores como todas as crianças e jovens de todas as gerações.
Agora eles têm recursos que muitos de nós não tínhamos (ok, ok… até porque não existiam…), eles não perderam o interesse na literatura, nas estórias, nos livros e nos milhões de mundos que eles abrem.
O que acontece, agora, é que essa nova geração quer usufruir da plenitude que é toda essa evolução tecnológica, e ainda muito mais! Eles querem os milhões de mundos, eles querem interagir, querem ter o poder. Por que o livro tem que ter a história e o final que o autor quer? Quantas vezes, enquanto lemos, gostaríamos que a história tomasse outro rumo? Então… é esse poder que eles também querem!
Esta nova geração traz perguntas: Por que tem que ser apenas de uma forma? Porque não inovar? Porque não interligar tudo isso que existe à disposição? E, se eu pudesse ler o livro em qualquer lugar? Ou, se o livro pudesse ser jogado? Ou pudesse assistir o livro? Ou, ainda, se eu pudesse ler o livro em vídeos do youtube enquanto eu jogo e vou escolhendo, como o livro seguirá?
O desafio é grande. No entanto, o desafio é nosso, cabe a nós, escritores, criadores, produtores de conteúdo que devemos nos aventurar por novos meios e criar novos caminhos para nossa tão amada literatura.
Sim, continuaremos escrevendo e as pessoas continuarão lendo!
Lendo em livros, em ebooks, em vídeos, em games, em livros interativos, em livros multiverso, e quem poderá saber quantas maravilhas ainda irão existir?
E, para finalizar essa nossa conversa, também deixarei uma pergunta. Uma pergunta que amo e que a cada minuto me desafia:
Por quê? Mas… e porque não?
Ana Pregardier
https://www.intusforma.com.br/
ana.pregardier@intusforma.com.br
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