“Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.” Mateus 4.1
Na tentação, Jesus não sucumbiu aos convites do seu algoz, Satanás. Jesus não transformou pedras em pão diante do tentador. Mais tarde, porém, multiplicou pães e peixes diante de milhares de pessoas. Transformou água em vinho em seu primeiro milagre, na festa de casamento em Caná da Galiléia. Ele também não lançou-Se do pináculo do templo, nem aceitou os reinos, glórias e grandezas do mundo. Jesus jamais obedeceu outra pessoa que não o Pai, pois isso o desviaria do plano e propósito divino. Em caso de desobediência, transgrediria o primeiro mandamento: amar a Deus. Em Êxodo 20.3 diz: “Não terás outros deuses diante de mim.” E Deuteronômio 5.7 repete: “Não terás outros deuses diante de mim.” Por amor a Deus e pelo foco na missão, Jesus obedeceu. O inimigo ofereceu a Jesus as facilidades de uma vida terrena sem o compromisso da cruz, sem fome, sem perigos, sem desprezo.
Jesus não foi desafiado apenas pelos que declaradamente se opunham ao Sua Mensagem. Pedro também tentou o Mestre ao sugerir que não era necessário sofrer para cumprir Sua missão. Em Mateus 16.22-24 temos essa passagem: “E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de Ti; de modo nenhum Te acontecerá isso. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens. Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.” Também o criminoso na cruz e os religiosos que presenciaram a crucificação desafiaram Jesus a salvar-Se. Lucas 23.39 diz: “Um dos criminosos que ali estavam dependurados lançava-lhe insultos: ‘Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós!’”. Em Mateus 27.39-42 está escrito: “E os que passavam blasfemavam dele, meneando as cabeças, e dizendo: ‘Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz.’ E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam: ‘Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nele.’”
Em obediência total ao Pai, Jesus suportou o sofrimento até o fim da missão a Ele confiada. O cálice foi bebido e Ele totalmente triunfou. Jesus amou e permaneceu fiel. Permaneceu fiel, porque amou. As tristezas, aflições e sofrimentos não tornam Deus distante do ser humano. Em Romanos 8.38 e 39 Paulo escreveu: “Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais ; nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor.” O contrário, sim, é verdadeiro. A percepção da companhia divina não está ligada as circunstâncias que vivemos. Ele está ao nosso lado em momentos bons e ruins. Temos a promessa em Mateus 28.19,20: “Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo 20e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos.” Portanto, diante do tentador de nossas almas devemos imitar o exemplo de Jesus e permanecer amando ao Pai, obedecendo-O e cumprindo a missão que nos foi por Ele confiada.
|