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UMA VIDA PROPAROXÍTONA
Sérgio Clos

Que linda palavra: PROPAROXÍTONA
E o que quer dizer tal vocábulo? É aquela palavra que tem sua tonicidade na antepenúltima sílaba. A gente pronuncia com mais intensidade. Leva acento. Depois dela na sequência têm sempre duas átonas, fraquinhas ao se pronunciar.
Nosso idioma é uma coisa complexa.
Algumas palavras têm relação com a vida de alguns viventes.
Uma vida proparoxítona tem sua intensidade maior na idade adulta e, depois na envelhescência e na última fase (a derradeira) muito de fraco aparece.
É complicado quando se quer uma vida oxítona, acentuando na última fase. Nem sempre dá certo. Às vezes tropeçamos nas palavras iguais e confundimos tudo, principalmente quando aparece um malabarista de palavras: “Quando eu passo pelo paço lembro-me do meu passado. Quando meço com compasso os passos que dou no paço, eu passo e vou andando passo a passo. Na mente são passadas no meu passado. Depois de ali passar o paço passa pra memória onde também passeio no meu passado”.
Talvez a vida paroxítona, que antecede a última fase, seja a mais tranquila. A maioria das palavras é paroxítona. É tão comum que parecem insossas.
Vidas paroxítonas e insossas têm aos borbotões.
Vidas oxítonas, com intensidade na derradeira fase, esbarram no corpo debilitado pela idade.
Tornar a vida paroxítona em proparoxítona tem um mecanismo simples.
Palavras paroxítonas que parecem proparoxítonas são as mais belas.
Exemplo: ritmo, aspecto, família, envelhescência, paciência, etc.
Depois do escrito vale um dito com palavras paroxítonas tornar a VIDA PROPAROXÍTONA MAIS OXÍTONA EM TODAS AS SUAS FASES:
No RITMO da ENVELHESCÊNCIA urge que a FAMÍLIA tenha PACIÊNCIA em ASPECTOS de RELEVÂNCIA da terceira idade. Pra encerrar:

A POÇA
A cada dia que eu posso.
Eu vejo.
Quando não vejo no poço.
Talvez possa no poço do desejo.
Minha face destemperada.
Na beirada do poço, eu possa.
Olhar na poça rasa da rua.
Minha face nua e crua.
Não importa.
Se eu posso, ou possa na poça.
Se na poça, no poço eu possa.
Melhor poço do que fossa.
Estou triste e na fossa.
Ou fitando na poça.
Minha face de fossa.
Na poça do poço eu posso.
Sérgio Clos


Biografia:
Cronista e articulista. 64 anos
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