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ROBERTA 5 NOVEL HOT
DE PAULO FOG
paulo azambuja

Resumo:
EXCELENTE

22


        No seu quarto sentado a beira da cama, em pé a sua frente Kalinka, sustentado os braços pelos cotovelos, dando pisadinhas com o pé esquerdo no chão.
   - E ai diz logo, fez ou não, como foi, fale logo?
   - Tudo do jeito que queriam.
   - Ai, que bom, te gosto meu doce.
   - Pare Ka.
   - Como pare, tenha noção, agora aquela zinha entrou para o clube.
   - Que clube?
   - O das ferradas, agora a única vantagem que ela tinha, acabou.
   - Nossa como você pode ser tão insensível.
   - Ah, vá Ti, sei muito bem de sua índole.
   - Tudo bem não melhor exemplo de homem mais também não sou um crápula.
   - Tá se vai chorar que chore bem longe de mim, mais valeu cada centavo queridinho.
   Kalinka liga para seu pai dando as boas novas, logo se aproxima de Tiago com o celular.
   - Papai quer falar contigo.
   - Tá.
   O rapaz pega o aparelho.
   - Pode dizer.
   - Que bom, agora feito, pode acessar sua conta, já foi depositado 80 mil.
   - 80?
   - O combinado foi mais.
   - Olhe garoto, preciso saber como foi a dimensão de tudo, ai sim depositarei mais.
   - Seu canalha.
   - Veja bem moleque, sou eu quem dá as cartas aqui.
   - Pois eu vou até a mansão, contarei tudo para o dr Roberto.
   Nesse momento Tiago se vê diante a um cano frio no pescoço.
   - Acabou a graça Ti.
   - Sabia você não estava aqui por nada.
   - Jamais.
   Ele desliga o aparelho e entrega para ela ainda com a arma ali apontada para ele.
   - Meu Deus, Tiago, você achou que seria fácil, foi, você ganhou, o que mais quer?
   - Você é tão podre quanto ao crápula do seu pai.
   Kalinka lhe golpeia com a arma, o rapaz não cai mais escorre um pouco de sangue do canto de sua boca.
   - Olhe o que você fez sua puta.
   - Vai se limpar meu cachorrinho.
   Nestor bate a porta entrando.
   - O que esta ascontecendo aqui?
   Nisso o homem se vê diante a mira de kalinka com a arma em punho, sua respiração se torna agitada.
   - Ka o que você esta fazendo com essa arma?
   - Cale a boca, agora sente perto de seu sobrinho.
   - Tudo bem.
   Kalinka continua a mira dos dois até sair do quarto.
   - Por que tudo isso meu filho?
   - Não sei tio, mais eu quero esquecer tudo, minha vida.
   - Você fez algo de errado?
   - Não tio, pode ficar tranquilo, fiz nada não.
   A moça sai do salão, da cozinha Mercedes ve ela fechar a porta.
   - O que essa putinha aprontou dessa vez?
   Mercedes segue para o quarto de Tiago, porém Nestor a para no corredor e pede café, seguindo com a mulher para a cozinha do salão.
   Roberta ali nua na frente do espelho se olha com um ar de certa superioridade em misto de felicidade e aquele medo de incertezas, batidas a porta, Rebeca entra e vê a moça vestir um robe.
   - Bom dia Roberta.
   - Bom dia Rebeca.
   - Despertou bem cedo hoje hein garotinha.
   - Nem cheguei a dormir Re.
   - Como assim?
   - Nada Rebeca.
   - Quer café?
   - Eu quero minha Rebequinha. Risos.
   - Nossa você cresceu minha menina mais continua sempre meiga e educada, minha querida.
   - Te amo Re.
   As duas saem do quarto e descem para a cozinha, chegam nesta, elas tomam café, bolo, frutas, muitas risadas, porém Rebeca não tira os olhos de Roberta.
   - O que foi Re?
   - Não sei muito bem, mais você esta diferente minha garota, com um brilho mais luminoso, sabe, mudada.
   - Você acha?
   - Sim.
   - É que estou me sentindo mais amada do que nunca.
   - Tá bom, olhe não quero te ver sofrer hein, não suportaria isso.
   - Fique tranquila Re, eu jamais sofrerei, jamais.
   - Pois é, acredite Roberta, o amor também fere e profundamente, tome cuidado minha menina tome muito cuidado.
   - Credo Re eu não quero isso para mim, não quero não.
   - Não é questão de querer, sabe ás vezes a vida nos prega umas artimanhas das quais só ela sabe o caminho de saída.
   - Nossa Re, bem profundo isso.
   - É.
   - Agora que estamos falando disso, me diz Re, você ja se apaixonou?
   - Sim, mais ja faz tanto tempo que o mesmo ja fez o papel de apagar qualquer lembranças por minima que tenha sido.
   - Quem diria hein dona Rebeca.
   Rebeca sai logo cedo, uma bolsa pequena a tiracolo.
   Mais adiante para em uma banca de jornal, coloca créditos em seu celular e segue por uma avenida.
   - Oi.
   - O que foi Rebeca?
   - Precisamos conversar.
   - Sobre?
   - Mercedes.
   - Onde você esta?
   - Estou indo para aquela lanchonete do seu tio.
   - Não, lá não, me espere na próxima quadra, depois dali.
   - Tudo bem.
   Rebeca continua o trajeto, passa frente a uma lanchonete e segue para o próximo quarteirão, ao atravessar a rua um carro pára a sua frente.
   - Entre.
   A mulher entra, sentado no banco de trás ela tem ao seu lado uma mulher de seus 40 anos.
   - Olá Rebeca.
   - Oi Mônica.
   - Estou surpresa com sua ligação.
   - Mercedes esta de volta.
   - E?
   - Ela não te ofereçe mais perigo?
   - Não.
   - Tem certeza?
   - O que quer dizer Rebeca?
   - Sabia que ela esta tentado se aproximar de Roberto.
   - Mais isso nós ja sabíamos que poderia acontecer.
   - O sobrinho, um garoto jovem, bonito, bem rápido se é que me entende esta de namoro com ela, Roberta.
   - Isso não, por que não me disse isso logo.
   - Acabei de dizer.
   - Rebeca eles não podem, colocaria todo meu plano a perder.
   - Então corra colega.
   - Inferno mais isso, agora terei de cuidar pessoalmente, o que faço com aquela fedelha.
   - Ah, nada afinal você mesma disse que ja tem tudo sob controle.
   - Pare de conversas, sabe que para tudo dar certo, a menina tem de estar sozinha.
   - Só que ela não esta.
   - Acabei de saber, ja pode ir.
   O carro para, Rebeca desce e Mônica lhe dá alguma quantia.
   - Obrigado senhorita.
   - Vá para o inferno.
   O carro sai, Rebeca conta a quantia seguindo para a calçada quando alguém lhe para.
   - O que faz assim tão desatenta Rebeca?
   - Pare com isso Hermes, uma hora vai acabar me tirando do sério.
   - Não sabia que tinha amigos bons de grana.
   - O que esta dizendo?
   - Vi você descendo de um belo carrão.
   - Sim o de Mônica.
   - O que aquela diaba quer agora?
   - Hermes, as coisas estão desabando, tenho de fazer meu pé de meia.
   - Vendendo informações?
   - O que mais uma velha como eu pode fazer?
   - Ser mais solidária ao local onde trabalha e ganha seu pão.
   - Tá bom, pare de moralidades, você também não é nenhum santo.
   - Sim eu fiz mas me arrependi.
   - Uma merda, pare de se fazer de santo.
   - Tudo bem, posso não ser tão santo mais não me deixo ser pego.
   - Você que pensa.
   - O que diz?
   - Roberto sabe de suas idas aquele cassino.
   - Como?
   - Já faz um bom tempo, eu que o disse que você ia na casa de uma tia adoecida.
   - Por isso ele sempre me pergunta sobre a saúde desta tia.
   - Esta vendo eu te ajudei, ingrato, portanto agora fique de bico calado.
   - Tá nem precisava me dizer.
   - Agora tenho de correr ao banco e depois retornar para o lugar mais trájico.
   - Você chorou na frente dela?
   - Eu?
   - Sim.
   - Tive de fazer a arrependida, não imagina o ódio que tive de ter ali fazendo aquela cena, frente a uma inimiga, Mercedes.
   - Não entendo Rebeca, sei que depois que o patrão a encontrou, você decidiu me contar mais sobre os segredos daquela casa, mais a mulher foi legal contigo.
   - Pode até ter sido, Hermes, ela me tirou algo no passado, não a perdoarei, jamais, tive de me rebaixar diante dela por causa da menina, mais logo eu irei a desforra.
   - Roberta?
   - Sim, gosto demais daquela menina, você não imagina o quanto.
   - Sei.

    20181905......................................


















                                        23




             Roberta mais uma vez manda mensagens para Tiago porém nada de resposta.
   - O que aconteceu, Ti não me abandona.
   Depois de 20 mensagens, 14 ligações, ele atende de forma ríspida, seco.
   - O que foi?
   - Você está bem Ti?
   - Tudo e você?
   - Bem eu fiquei preocupada você não me ligou mais.
   - Vai para a escola amanhã?
   - Sim.
   - A gente se fala lá.
   - Tá é que, mais... Ti.
   O rapaz desliga, Roberta cai na cama em choro e logo liga para a Jenifer e Kalinka.
   - Logo eu chego Ro.
   - Obrigada.
   Ali na quarto, as garotas sentadas no felpudo tapete rosa da garota, ouvem o sofrimento de Roberta, Jenifer demonstra um sentimento de compreenssão, amizade já Kalinka faz de desinteressada.
   - Gente será que ele não gosta de mim?
   - Claro que não Ro, ele é louco por você, deve ser coisa de homem.
   - Será Jenifer?
   - Vai ver que sim.
   Kalinka intervém.
   - Você faz algo com ele?
   - Eu o quê?
   - Você sabe, sexo?
   - Não, não fizemos nada.
   - É porque dizem que todo garoto depois que consegue isso da garota, ainda mais se for virgem, depois ele abandona.
   - Eu não , não fizemos nada.
   Jenifer vem defesa de Ro.
   - Pare Kalinka, quer deixar a Ro mais nervosa, aonde se viu que ela seria dessas de entregar a um garoto assim.
   Roberta esconde o rosto, logo mudam o assunto, porém Kalinka, olha firme para a amiga ás vezes.
   Ja no caminho para casa, Jenifer olha para Kalinka.
   - Por quê perguntou aquilo Ka?
   - Você acredita muito naquela garota.
   - Ka, a Ro jamais mentiria sobre isso.
   - Será?
   - Credo Ka, parece que você torce pelo pior em Ro, ás vezes.
   - Vamos logo eu estou morrendo de fome.
   - Sim.
   Amanhece, Ro já arrumada para a aula entra no carro, Hermes sempre gentil lhe deseja uma boa aula, ela desce e logo vê olhares estranhos para com ela.
   - Oi Júlia.
   - Oi Ro.
   - Aconteceu algo?
   - Sabe, eu não sei de nada.
   - A escola esta estranha.
   - Sei de nada.
   Ela segue para dentro do pátio onde até os garotos vem para perto dela e a olha de forma diferente.
   - Esta sim acontecendo algo, eu sinto.
   Logo ela vê Jenifer e Kalinka, se aproxima delas.
   - Oi meninas.
   - Oi.
   - O que foi Jenifer, te fiz algo?
   - A mim não, mais cara por que não me contou.
   - O quê?
   Roberta pega o celular de Jenifer, ali o vídeo em que ela se entrega para Tiago.
   A moça deixa cair o aparelho e logo ouve os piores comentários, sai desesperada para o portão principal, ali liga para Hermes pedindo que venha busca-la com outro 2 garotos.
   - Tiago.
   - O que foi?
   - Por que fez isso?
   - Eu fiz o quê?
   - Estão vendo um vídeo da gente.
   - Não sei de nada.
   - Maldito, canalha maldito.
   Logo o carro pára, Roberta entra aos choros Hermes sem entender segue para a mansão.
   Ali ela corre passando como que um foguete por Rebeca indo para seu quarto.
   - O que houve minha menina?
   - Quero ficar só, só isso me deixem só. Roberta responde subindo as escadas aos choros.
   Toca o telefone, Rebeca atende e leva o aparelho para Roberto no escritório.
   - Quem é Rebeca?
   - Disse que é da policia dr.
   - Policia.
   - Sim dr.
   O homem pega o telefone e leva um baque que o faz sentar, ali ele ouve que Gio, sua esposa, fora vítima de um acidente em seu carro.
   - Não.
   O velório é feito em um salão especial da câmara de vereadores, vários empresários, industriais e representantes da alta classe ali prestam os sentimentos para o viúvo inconsolável.
   Roberta ao lado do vô tenta acalma-lo diante a perda, só que mau sabe ela como lidar com sua vida ultimamente.
   Kalinka e Jenifer entram no salão, logo ali ao lado de Roberta ajudam no conforto do empresário.
   Após algum tempo, Ka sai dali, no jardim faz uma ligação para seu pai.
   - O sr ordenou a morte dela?
   - Esta louca, sabe que não sou disso.
   - Pai isso ja é demais.
   - Como Roberto esta?
   - Como acha, o caco.
   - Tenho sentimento filha e sei dos limites morais.
   - Tá, ta bom.
   Ela desliga, Rebeca passa por ela.
   - Olá Rebeca.
   - Oi Kalinka.
   - Que triste.
   - Muito.
   - Bem vou ficar com a Ro.
   - Obrigada.
   Assim que a moça entra, Rebeca faz uma ligação.
   - Mônica.
   - Olá Rebeca.
   - Por que fez isso?
   - Oras a vida ás vezes exige algumas ações tipo assim, drásticas.
   - Isso esta ficando perigoso.
   - Ninguém disse que seria fácil.
   - Mônica.
   - Olhe Rebeca, quero ve-lo sofrer, ele me deixou no chão, agora tenho de ter meu troco.
   - Bem mortal este troco.
   - Cada um com suas armas.
   - Ás vezes você me dá medo.
   - Se continuar comigo pode ficar tranquila.
   - Tchau.
   - A, meu pêsame.
   Rebeca desliga.
   Hermes vai até o escritório de Roberto.
   - Com licença dr.
   - O que foi Hermes?
   - É que sua neta não foi a escola de novo.
   - Calma, tem 2 semanas que enterramos a Gio.
   - Dr.
   - Sim.
   - Pode ser por isso também.
   O motorista entrega o celular para Roberto que vê o vídeo, logo jogando todos os papéis de sua mesa.
   - Como foi acontecer isso, onde você estava Hermes?
   - Dr.
   - Olhe Hermes, isso não pode ficar assim.
   Hermes sai dali ouvindo Roberto gritar centenas de palavrões e praguejamentos.
   Na cozinha encontra Rebeca a terminar a refeição.
   - O que houve Hermes, por que o dr esta desse jeito?
   - Acho que foi por causa disso Re.
   Rebeca vê o vídeo e deixa cair a colher da mão, logo sai dali, Hermes senta e olha ao redor desolado.
   Tiago termina seu treino de futebol com os amigos, todos vão embora e ele ali a tirar seu short e vestir uma calça de moletom.
   Ele anda para fora da quadra e antes de chegar na esquina um Opala vermelho pára a seu lado, rapidamente deste sai 3 homens que rende o rapaz e o joga no banco de trás, o carro sai em velocidade.
   No veiculo ele tenta se desvencilhar dos caras mais recebe um golpe de arma na lateral fazendo-o desmaiar.
   - Vamos, temos algum tempo para brincar com este aqui.
   Da mansão, Hermes segue com Roberto que já fizera algumas ligações, logo outros 2 carros junta-se a ele e seguem para o salão.
   Helana termina de arrumar o lugar, Nestor já vestido á carater vem para o caixa todo sorridente, Mercedes traz 2 formas de pastéis para fritar durante o expediente.
   - Tudo pronto. Nisso ouvem um bater na porta.
   - Quem será, já vai. Nestor vai até esta e ao abrir é jogado de lado, Roberto e seus 8 seguranças entram ali.
   - Mercedes cadê você, cade você sua vagabunda.
   Mercedes vem até ele.
   - O que foi Roberto?
   Sem resposta ela leva um tapa de Roberto, Helana vem em defesa e é jogada longe por um dos capangas.
   - Por que me enganou Mercedes, por que?
   - Do que esta falando?
   - Não se faça de boba, já sei de tudo, mais ainda ter feito um vídeo.
   - Que vídeo?
   Roberto lhe dá outro tapa fazendo a mulher rolar para o pé de uma mesa, Helana grita em desespero, Nestor vem com uma garrafa e quebra na cabeça de um dos caras, porém logo é rendido e sofre fortes golpes pelo corpo.
   Helana não para de gritar e Roberto vem até a moça, a levanta pelos cabelos e fecha os punhos.
   - Cale sua boca, sua kenguinha barrela.
   Quando vai golpea-la, Mercedes grita.
   - Não, não faça isso Roberto, ela é sua filha e você sabe disso, não faça.
   Roberto volta a razão e lembra dos ditos de Mercedes.
   - Me diz Mercedes, o que mais vai fazer?
   - Eu não sei, ja lhe disse não sei de nada, não estou entendendo nada do que você diz.
   Nestor ali no chão, sem consciência depois das agressões sofridas.
   Mercedes vê vídeo, Helana vem para perto e assiste junto, Roberto joga algumas cadeiras e quebra algumas garrafas ali.
   - Eu não sabia disso, eu te juro, não sabia, ja havia dito para ele que não mexesse com sua neta, Roberto, por favor acredite em mim, me escute, por favor.
   - E quer que eu acredite, fale, é isso, quer que eu acredite.
   - Eu já te disse eu não sabia disso.
   Roberto segura no pescoço da mulher que não reage, somente chora.
   - A única coisa que eu quero é te matar.
   - Foi o Ivan.
   - Como?
   Helana olha para Roberto que solta sua mãe.
   - Eu deveria ter adivinhado isso, ele estava diferente, recebeu algumas ligações.
   - Quando foi isso?
   - Já faz alguns dias, até que ele saiu daqui por uma noite, nem trabalhou.
   - Agora me lembro. Diz Mercedes.
   - Com certeza, o Ivan e aquela vagabunda da filha dele fizeram a cabeça do meu primo.
   - Quem é este Ivan?
   - Um cara que fornece jogos e oferece segurança, enfim um miliciano.
   - Miliciano?
   - Algo deste tipo.
   Roberto olha para elas mais calmo.
   - E vocês tem contato com esse tipo de gente?
   - Fazer o quê, o velho deve uma grana para a organização.
   - Organização?
   - Sim, eles emprestaram uma grana para o velho e agora...
   - Cale a boca fedelha dos infernos. Nestor grita com Helana.
   - Problema do salão é do salão.
   - Uma porra seu velho lazarento, por causa disso olha só a merda que você colocou eu e a minha mãe, seu filho da puta.
   - Garota.
   - Vá se fuder, seu babaca dos infernos.
   Roberto vai até Nestor.
   - Agora velho, você vai me dizer como chegar até esse tal de Ivan.
   - Eu?
   - Sim e vai ser agora.
   Roberto dá sinal e os caras pegam Nestor, Mercedes tenta fazer Roberto mudar de idéia ele só a olha, tira do bolso um punhado de dinheiro e deixa no balcão.
   - Para cobrir o prejuizo.
   Ela tenta segura-lo mais é detida por Helana.
   - Chega mãe, já chega.
   Tiago acorda do soco já preso em correntes no pulso, sente dores pelo corpo e leva mais golpes na barriga e costas, cuspe sangue até que um carro branco para ali.
   Desce deste 3 homens e uma mulher em jaqueta de couro, calça justa e sapatos de salto.
   - Já chega.
   - Sim senhora.
   - Olá Tiago.
   - Vá se danar.
   - Nossa bem brabinho o muleque, vocês não acham?
   - Sim senhora.
   - Puta. Xinga Ti a mulher.
   A mulher coloca um soco ingês na mão esquerda e disfere 2 golpes com este no rosto do rapaz.
   - Olhe aqui seu machinho de merda, por causa de ti agora vou ter de refazer todos os meus planos.
   - Que se foda.
   - A, isso que se chama a juventude nutella.
   Mais um soco e mais sangue jorra de sua boca.
   - Levem-no.
   Tiago é encapuçado e levado para o veiculo, hora depois o carro para frente a um terreno baldio e o rapaz é jogado neste.
   Um casal de namorados vai até o terreno para se agarrarem debaixo de uma árvore quando ouvem gemidos.
   - Ali amor.
   A moça vai até o barulho e quando joga o feixe de luz de seu celular vê o rapaz caído em sangue.
   Ela grita e seu namorado a pega e eles vão até o pronto socorro de um hospital que fica há 2 quadras dali.
   Ivan termina seu banho e em roupão segue para a sala, quando vê 2 seguranças seus ali no chão e no sofá Kalinka sentada tendo uma arma na cabeça.
   - Olá Roberto.
   - Nossa então você me conhece?
   - Está vendo como são as coisas caro senhor, o problema da humanidade é fazer questão de esquecer seu passado.
   - Que passado?
   - Boa noite para começarmos.
   Ivan vai ao bar e serve de duas doses de wisky.
   - Me acompanha.
   - Para o inferno.
   - Sempre nervoso, desde criança sempre fora um tanto rebelde, seu pai ja dizia isso.
   - Por que fazer aquilo com a minha neta, por que seu canalha?
   - Oras, sabe sobre a roda da vida, ela gira, chegou sua hora, afinal você tem de pagar a quem deve.
   - Eu não te devo nada.
   - Realmente, você não, mais seu amado pai sim.
   - Como assim?
   - Seu pai, destruiu minha família, colocou todos em ruínas.
   - Jamais, meu falecido não faria isso.
   - Mais fez porra. Ivan joga o copo no chão e continua a beber o outro.
   - E se tivesse feito, com certeza teve uma razão.
   - Razão, qual, me diz qual, eu te digo, ele queria minha mãe, minha mãe, só que ela era fiel a meu pai, por isso ele decidiu que meu velho tinha de mudar de cargo e trabalhar fora, viajar e nisso ele aproveitaria para conquistar minha mãe.
   Roberto ouve aquilo sem qualquer reação.
   - Diante tantas insistidas e ameaças minha mãe acabou por ceder, só que ele a estrupou, sim ele não queria do modo convencional ele a estrupou, seu pai foi e é um monstro.
   - Não.
   - Sim, o filho da puta daquele velho, estrupou minha mãe, aquele verme e você como filho daquele traste que o inferno o conserve paga e pagou.
   - Cachorro.
   Roberto levanta e avança em Ivan, ambos iniciam trocas de socos e chutes naquela sala, Kalinka começa a gritar para que parem com aquilo, ninguém se opõe e Roberto lhe dá o soco de misericórdia deixando Ivan ali caído, logo ele começa a chorar.
   

   20182205..............................








                           24




        Roberto segue no carro em seu silêncio, Hermes dirige sem muito olhar pelo espelho seu patrão.
   Mercedes e Helana terminam de arrumar a bagunça que ficou o salão, Nestor sai dali indo para seu quarto.
   - Hoje não abriremos.
   - Mais.
   - Sem mais, este lugar é meu, eu decido as coisas aqui.
   O homem segue para seu quarto, Helana olha para Mercedes.
   - Sobre aquilo que você disse a aquele senhor.
   - Sim, eu não menti.
   - E você diz assim?
   - Sou sua mãe, ele é seu pai.
   - Como, você me disse que meu pai estava morto.
   - Eu menti.
   - Meu Deus, o que mais você mente?
   - Muitas coisas.
   Helana sai dali, toca o celular de Mercedes ela atende e logo vai ao quarto de Nestor.
   - Não quero falar agora.
   - É seu sobrinho.
   - Tiago?
   - Temos que ir.
   - Para onde?
   - O hospital.
   Roberta termina de guardar uns cd's que comprara, toca seu celular.
   - Oi.
   - Sua putinha, vagabunda, te odeio.
   - Kalinka, por que isso.
   - Vá se fuder, teu vô acabou com o meu pai.
   - O que é isso Ka eu não te fiz nada, não estou entendendo por que de tanta revolta?
   - Piranha.
   - Pare com isso, não gosto que fale comigo, nunca lhe tratei mal.
   - Você não tem de gostar de nada.
   - Vou desligar, você esta fora de si, esta muito confusa.
   - Vá se fuder.
   - Pra mim chega Ka.
   - Quer saber, foi ótimo eu ter participado sabia, fui eu que dei a grana para o seu love te comer, sua puta.
   - Do que esta falando?
   - Isso mesmo que oouviu sua piranha.
   - Não, não pode ser.
   - Além de furada é burra garota.
   - Pare Ka.
   - É isso mesmo eu sempre te odiei, sempre.
   - Pare por favor. Roberta inicia um choro sofrido pesado, a ligação é finalizada do outro lado.
   No quarto de Ka, Ivan ali termina de pôr o fone no gancho.
   - O que pensa pai, eu quero continuar, quero coloca-la no lugar de onde ela nunca deveria ter saído, aquela vagabunda.
   Ivan dá um tapa na cara da filha que cai na cama.
   - Todo este tempo sempre comigo, te levando para todos os lados e você não aprendeu nada, pura burrice.
   - Pai.
   - Não me chame assim quando estou nervoso.
   - Esta certo.
   - Agora vá se arrumar, vamos fazer uma visita.
   - Para quem?
   - Uma grande e velha conhecida.
   Roberta frente ao espelho do lavatório, abre o segundo vidro de comprimidos e depeja estes na mão.
   Batem á porta do quarto, ao perceberem que esta encontra-se trancada intensificam as batidas e logo a porta é arrombada, Rebeca entra junto de Hermes.
   - Minha menina.
   - Rebeca. Roberta ao choro, a mulher joga os comprimidos no vaso sanitário, dada a descarga e a moça ali presa ao corpo de Rebeca.
   - O que esta pensando, em matar seu avô e eu?
   - Rebeca.
   - Vamos, vou preparar um banho quente para ti.
   - Eu só queria...
   - Não, não é assim que pessoas inteligentes resolvem suas vidas.
   - Rebeca.
   - Olhe eu gosto de você, menina como se fosse minha.
   - Oh Re.
   - Agora vamos, tire essa roupa e venha se relaxar.
   - Na cozinha Hermes toma café ainda com as lembranças da Roberta com vários comprimidos na mão, toca seu celular.
   - Sim dr, por aqui, sim, aconteceu...
   O homem relata o ocorrido a Roberto que logo entra na mansão.
   - Quando foi isso?
   - Tem uns 20 minutos dr.
   - Vou ve-la.
   - Rebeca esta com ela.
   Roberto sobe ao entrar no quarto da neta, ali na cama Roberta é afagada por Rebeca que brinca com os cabelos da garota.
   - Rebeca.
   - Dr.
   - Me deixe com ela.
   - Sim dr.
   Roberta esconde o rosto no travesseiro, Roberto se aproxima da neta.
   - Fique tranquila, estou resolvendo tudo.
   - Vô.
   - O quê?
   - Por favor, não faça mau a Tiago.
   - Como?
   - Por favor vô, me prometa.
   Roberto olha ao redor no quarto, engole várias vezes a saliva.
   - Vô.
   - Este lugar esta precisando de uma reforma.
   - Vô prometa.
   - Tudo bem, vou deixar aquele traste em paz.
   - Ele foi usado.
   - Como assim?
   - A garota financiou tudo, ela me disse.
   - Quem é ela?
   - Deixe isso, vou levar a vida pra frente.
   - Assim que se faz.
   - Quero mudar de escola vô.
   - Claro meu bem, vou providenciar agora.
   - Obrigado vô.
   Agora é Roberto que afaga os cabelos da neta.
   - Vô.
   - Sim.
   - Te amo.
   - Eu é que te amo minha linda.
   O homem beija a cabeça da neta.
   Na MS confecções, Ivan e Kalinka entram em passos rápidos atrás deles 4 seguranças.
   - Bom dia, deseja falar com quem?
   - Saia da minha frente.
   A mulher tenta para-los porém Kalinka a empurra e Ivan abre a porta de uma sala, ali na mesa atendendo um telefonema, Mônica, esta, ela desliga o aparelho.
   - Desculpe senhora, não consegui conte-los.
   - Nos deixe.
   - Ja foi chamado os seguranças.
   - Pode ir ja disse.
   - Sim.
   - Feche a porta.
   Agora ali os 3 a se olharem.
   - Nossa muito tempo hein Ivan.
   - Olá Mônica.
   - Oi Ivan.
   - Sua empresa cresceu muito.
   - Pois é sempre tive um bom tino para os negócios.
   - Isso sim, mais não digo o mesmo em se tornar invisível diante a problemas externos.
   - O que quer dizer?
   - Por que foi ter com aquele rapaz?
   - Quem, o namoradinho da neta de Roberto?
   Ivan acende um cigarro e senta no sofá, Kalinka senta frente a mulher com olhar de raiva.
   - Sua filha ficou bem bonita.
   - Sim o suficiente para causar danos por aí, você entende bem disso não, Mônica?
   - Você não mudou nada Ivan.
   - Diga logo, ainda querendo vingança com o velho?
   - Sempre.
   - Pois arrume um outro meio, por que esse já se foi.
   - O que quer dizer?
   - Sejamos francos, quem tem todo direito de te ver pelas costas é ele.
   - Não entendo.
   - Entende sim, você o deixou na lona, penumbra quase que total, arrancou o que pode e muito mais.
   - Pare de falar coisas que não sabe.
   - E o que você fez, quase foi a autora da morte da falecida.
   - Foi um acidente.
   - Pare com esse drama, sei do que é capaz, ah isso eu sei.
   - Sim, você deve saber afinal somos iguais não fiz nada que você não tenha feito.
   - Nisso você pode até ter razão.
   - Ainda quero ve-lo no chão.
   - Depois do que fez, deixe-o, você não é única nesse jogo Mônica.
   - Para quê você quer o bolo principal?
   - Quem disse que quero para mim, mais mesmo assim você conhece algumas de minhas razões, muito bem.
   - Não Ivan, nunca soube nada de ti.
   - Melhor assim, bem, estamos entendidos.
   - Eu ainda não disse nada.
   - Bons negócios Mônica, sempre te desejei isso.
   Ivan faz sinal para a filha e ele se despede saindo dali.

   20182605............................
   






                 25





       Tiago ali na UTI, respira por ajuda de aparelhos, Mercedes segura a mão dele que fora induzido ao coma.
   Houve uma breve melhora em seu quadro de saúde então o rapaz é transferido para um quarto mais ainda em aparelho, requerindo cuidados especiais.
   - Vá descansar.
   - Para que isso Nestor, logo a enfermeira vai nos pedir para que a gente saia.
   - Você gosta dele?
   - Lógico eu o ajudei a cria-lo se esqueceu?
   - E do Roberto?
   - Não é hora para isso Nestor.
   - E quando vai ser?
   - Pare por favor.
   - Tudo bem, me desculpe.
   Helana entra no quarto.
   - O dr quer falar com os dois.
   - Vamos Nestor?
   - Sim.
   Helana fica ali com Tiago imóvel naquele leito, não percebe a porta abrir.
   - Oi.
   - Oi.
   Ali na frente de Helana, Roberta em vestido branco com detalhes rosa, unhas em esmalte preto, lápis nos olhos, cabelos recém tingidos em tom avermelhado.
   - O que veio fazer?
   - Vim ve-lo.
   - Você é a Roberta?
   - Sou e você?
   - Helana sou a prima dele, mais ou menos isso.
   - Sei.
   - Olhe, por que esta aqui, não entendo, deveria odia-lo?
   - Sabe, não estou em felicidades com a situação em que ele me pôs, mais tivemos algo, entende?
   - Entendo você tem coração nobre.
   - Acho que não.
   - Como assim?
   - Ainda não sei explicar.
   Helana se afasta do leito e deixa Roberta se aproximar, ela pega na mão do rapaz, lágrimas caem de seus olhos.
   - Por que Ti, me diz, o que eu te fiz de tão mal, fui ruim para ti?
   - Nada. Responde Helana.
   - Você sabia?
   - Mais ou menos, sabe, no fundo eu sentia que algo estava a acontecer.
   - No final a maior causadora foi quem eu tinha como amiga.
   - A cadela da Kalinka?
   - Você a conhece?
   - Sim, mais acredite ela não vale nada, no fim você não perdeu nada em perde-la de amiga.
   - A, sim.
   - Olhe o que eu posso te dizer é que esse cara ai, te gosta e muito, só que ele ainda tem de sofrer um pouco por ser tão cabeça dura.
   - Pare, eu te entendo você é parte da família dele, mais acontece que eu não quero mais nada com ele, para mim o que ele fez foi o pior dos golpes, você entende ele me usou, usou meu corpo, você é mulher também e entende o quanto ele me violou?
   - Sim te entendo e fique sabendo jamais eu apoiaria uma coisa deste tipo.
   - Eu acredito em ti.
   - Obrigada, mais também a certos trechos na vida da gente em que não temos muitas escolhas.
   - Isso não obriga a fazer o que ele fez.
   - Será, sim como eu te disse eu te entendo, mais sabe, ele teve e tem uma vida bem dificil.
   - Ja disse não cobre...
   - Sei, a mãe dele foi morta na frente dele, tudo por divida contraida pelo pai dele, que na real ninguém sabe quem é, nem ele.
   - Meu Deus.
   - Esse cara ai passou por tantas que não dá para contar, mais mesmo assim pelo jeito ele não aprendeu, mais agora vai ter de aprender.
   - Como?
   - Você vai denuncia-lo, pode fazer isso?
   - Não.
   - Por quê?
   - No fundo eu ainda gosto dele, sinto que como ele fosse forçado a fazer o que fez.
   - E foi, isso eu posso te garantir.
   - É....
   - Bem, mais seu avô não vai perdoa-lo com certeza não.
   - Já falei com, ele não vai apresentar nada contra o Ti.
   Roberta derrama lágrimas nas mãos do rapaz, Helana se aproxima dela e a abraça, Mercedes e Nestor entram ali.
   - Quem é essa garota Helana?
   - Me chamo Roberta. Mercedes fica em choque ao ouvir o nome e Nestor indaga.
   - O que faz aqui garota, quem a deixou entrar?
   - Me desculpem não queria causar problemas a ninguém.
   Helana intervém.


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