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“E subiu, e deitou sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a sua boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu. Depois, voltou, e passeou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre ele; então, o menino espirrou sete vezes e o menino abriu os olhos.” 2Reis 4.34-35
Na trajetória da vida devemos nos preparar para enfrentar as adversidades, mas também devemos manter a calma diante do inesperado. Muitas vezes, o inesperado se apresenta através da morte.
Eliseu conviveu com Elias e presenciou poderosas manifestações do poder divino, até que Deus tomou Elias para Si.
Guiado por Deus e movido por fé e coragem, Eliseu seguiu cumprindo seu ministério. Comportando-se diligentemente, foi observado por uma mulher da cidade de Suném que lhe deu alimento e acomodação para suas passagens por ali. Ela abençoou a vida do profeta por considerá-lo santo, sincero a Deus. A santidade verdadeira é manifestada em ações que honram a Deus e ao próximo, numa fala correta, digna de quem ama a Deus e pode Dele testemunhar sem nenhum acanhamento. Essa santidade provem de um coração puro e próximo a Deus (Mateus 12.34 e Filipenses 4.8).
Em gratidão, Eliseu também buscou de alguma maneira abençoar aquela mulher hospitaleira. Sabendo que não possuía filhos e movido por Deus, deu a ela a promessa de um filho e ela concebeu.
Mas o inesperado encontrou a família da sunamita: o menino, já crescido, passou mal e subitamente morreu. Em situações extremas como essa devemos crer no poder infindável e sobrenatural de Deus e busca ajudar Nele. Agindo assim, a mãe do menino pediu socorro ao profeta.
Ao chegar a casa da mulher, ele encontrou o corpo do menino deitado na cama. Eliseu dá um grande exemplo de fé e calma: trancou-se com o corpo do menino dentro do cômodo e orou. Ele não se desesperou, não chamou outras pessoas para ajudá-lo, simplesmente usou o que tinha a seu favor: fé e lembrança de grandes feitos realizados por Deus através do ministério de Elias. Elias foi um grande homem de oração e a Bíblia nos dá exemplos disso, como em 1 Reis 17.21-22 e 1 Reis 18.36-37. Tal como seu mentor, Eliseu orou e Deus repetiu o milagre, dando vida ao menino.
Aprendemos muitas coisas com Eliseu nessa passagem. A primeira é que tão importante quanto cumprir o “ide” ordenado por Jesus (Marcos 16.15) é entender “como” se deve ir, pois os seguidores de Cristo foram chamados para serem suas testemunhas (Atos 1.8). Eliseu foi reconhecido como homem de Deus pela mulher que o acolheu. Ele soube comportar-se de acordo com o que Deus lhe propôs, ser um profeta. A segunda é que Eliseu manifestou gratidão à mulher sunamita. Ele não apensas usufruiu da hospitalidade dela, mas preocupou-se em retribuir em reconhecimento ao que recebeu. A terceira coisa que podemos aprender é que Eliseu se manteve no controle diante da inesperada morte do garoto. Se o profeta se mostrasse desesperado, isso influenciaria todos à sua volta. Seguindo a Cristo e crendo no Seu poder amoroso, devemos nos manter serenos diante das adversidades, pois Ele está presente em todas as situações, boas ou nem tanto (Romanos 8.28). A quarta lição que podemos aprender é que Eliseu não acomodou-se diante do conforto que Deus lhe proporcionou através da mulher sunamita. Ao passar por Suném, Eliseu não precisaria inquietar-se a procura de pouso, mas ele não acomodou-se por isso. Continuou agindo e manifestando a glória do Deus Todo Poderoso. Que possamos meditar e seguir também o exemplo de Eliseu, um dos grandes profetas que Deus deu ao Seu povo. Amém!
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