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Indistinção da mão
Sergio Ricardo Costa




Irresistível quê,
Aconteceu de ser
À superfície.

                        E que
De esperar,
                      Então,
Libertará a mim
O coração,
                    Para
O que está dentro
Prejudicar? Como
Por vaidade, nem
Sempre vai ser assim,
O objeto em sua
                                    Ostentação,
Fazer inexistente,
                                 Mas
Se isto não vier,
Quem se habilita, então,
À indistinção da mão?

Ou se
Não só viajar o mar,
Continuará a ser
Realidade? Há
Compreensão por mais
Que deveria ser
Reconhecer,

               Pois bem,

A descoberta, até,
Do opressor.

Na luz,
Vai esquecer alguém,
Honestamente:
Não sinceramente,
Nem rapidamente...

E um som,
Perdido e tudo, só
Perder,
               Sem nem saber
Perdido e tudo não
Praticar para si,
Esclarecer a dor,
Escarnecer você
E
— Prometendo mais, —
Completamente só;
Honestamente em vão.

Indistinção da mão,
Exatamente assim,
A existência vem
Estarrecer o ser
E atiçar os cães,
Com paciência,
                             Pois
Para fazer-se amar
(Ainda uma vez),
Perturba, ora sim,
A natureza,

               Sim,

É paciente, é
Intransferível, sim,
Essencial, pois bem...
Mas, na verdade,

É hesitante.

É
Indistinção da mão,
Indistinção da mão silenciosa em mim,
Considerando os cães,
Considerando a dor,
Considerando o voo
                                      Descontrolado e
Exatamente assim
Considerando um fim,
Emoldurando a dor,

Vai esquecer de mim
E eu de você — também.








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-
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