Centopeia |
Sofia Amari |
Aguaceiro de tormento
percorre a pele sensível
A cantiga que sei de cor
continua infatigável a tocar
A centopeia perdeu o tato
seu corpo de mil bocados
não desiste de caminhar
Nessa chuva miudinha
que torna bolorento o horizonte
ao som da mesma melodia
ela entra pela noite insistente
O olhar já exausto
não cessa de perscrutar
vai noite adentro
até a alvorada rebentar
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Biografia: Num mundo melhor todos os despertadores do mundo riam baixinho enquanto faziam cócegas uns aos outros, riam e já se tinham esquecido de avisar os humanos para as atrocidades deles pois os humanos tinham ficado amigos uns dos outros, tinham-se finalmente pacificado. |
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