Levo o coração no bolso,
se não posso dar grana
dou amor para o almoço,
o carinho para o jantar,
o afago para depois do alvoroço
do sol e a chegada da noite em luar...
Levo a alma na mão,
se não tenho uma palavra
doo as vértebras do coração,
a mim, ter não vale mais nada,
das espiritualidades faço doação...
Levo a leveza e a solto no ar,
pouso como ave de arribação,
melhor que ser só um mar
é ser onda a se derramar no chão...
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