Dez naus e três caravelas
chefiadas por Cabral,
tripulação dentro delas,
a mando de Portugal.
Dia Vinte e Dois de Abril,
ano de Mil e Quinhentos,
quando pouca gente viu
se deu o Descobrimento.
Pero Vaz descreve ao Rei
tudo o que vê por aqui:
gente simples e sem lei,
e o canto do Bem-te-vi.
Dos índios, a Pindorama,
à Ilha de Vera Cruz,
a terra que se proclama,
berço que se reproduz.
Papagaios, Santa Cruz,
e Santa Cruz do Brasil,
Brasil onde ouro reluz,
e outras maravilhas mil.
Fauna e flora, que riqueza,
noutro canto não se viu,
como é linda a natureza
no chão e céu do Brasil.
Nesta "Terra tem palmeiras,
onde canta o sabiá,"
gorjeiam aves matreiras
aqui, ali, e acolá.
Tem muito a ser explorado
nesta Terra de ninguém,
há vida por todo lado,
mas poucos sabem que tem.
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Primeira missa rezada,
veio a colonização,
jazidas exploradas
e negros na escravidão.
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Embolsam nosso tesouro,
tornam-se donos da Terra,
pedras preciosas e ouro,
sem batalhas e sem guerra.
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Os chicotes dos Senhores
abrem feridas no lombo
e provocam muitas dores:
"cada lambada é um tombo."
Mas, entre quedas e tombos,
se deseja a liberdade,
vida comum nos Quilombos
quer no campo, ou na cidade.
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Os índios, às duras penas,
conquistam a liberdade,
tribos grandes e pequenas
fazem festa de verdade.
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Foram muitas tentativas
pra acabar com a escravidão,
e após tantas tratativas,
enfim, a libertação.
...
Mas a luta continua
para garantir direitos,
o povo vai para a rua
quando está insatisfeito.
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"Brasileiro não desiste",
haja samba e futebol,
amor, sexo, dança em riste,
"faça chuva, ou faça sol."
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Biografia: Tércio Sthal, Natural de Tupã, SP, Poeta e Escritor, MBA em Gestão de Pessoas, Cadeira de nº 28 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, com publicações em coletâneas da Shan Editores, Autor de a Cidade das Águas Azuis e O Menino do Dedo Torto, Do Abstrato ao Adjacente, Inferências, Referências e Preferências em http://bookess.com e Lâminas e Recortes em Widbook.com
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