Um brilho quente que desce
em rumo certo,quase deserto
batendo,cortando,chorando,
sem lágrimas de um ventre,
que gente,sentada,de pé ou estirada
na vida,que sofre,jurada de morte,
sem nome,sem nada
é povo que arrasta um resto de carne,
de corpo cansado,que um pé sangrando
marca um mundo com a arte real
do vermelho mais forte,buscando um fim
sucumbindo sem pressa,um povo sem sorte
que mesmo na morte a lágrima não vem,
não vem um caminho,não vem um destino
só vem um menino,levando consigo,
em seu colo materno,almas que calam,
sem choro,sem fome,agora levadas em colo
de Homem que um dia também com os pés
sangrando,Alguém O soltando,levou sua
alma,para um mundo de calma,bem longe
daqui,e um dia talvez aquele povo sem nome,
sem sobrenome,será carregado no colo de Alguém,
que um dia ,porém entregou Sua vida,
machucado,humilhado,preso na dor,crucificado,
coberto pelo sangue que a lágrima derramou,
mas será somente Este Homem,Um Grande
Homem provando Seu amor,virá sem demora
salvar os Seus filhos,pegando no colo a alma doente...
de toda uma gente!
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