A rede que era pra ser um lugar de descanso se tornou um lugar de cansaço e frustração.
O telefone que era pra ser um item de aproximação se tornou objeto de afastamento.
A internet que era pra ser semente de sabedoria se tornou vicio cefálico falido.
Tudo que se tem nas linhas é de ser lido, cada verso, cada estrofe de pensamento e lamentos.
A televisão simplesmente seria objeto de entretenimento em momentos ociosos se não fosse um item obrigatório diário, parte do cotidiano é feito por mídia virtual. E a vida real já não é mais tão real assim.
Antes fossemos monges em templo budista. Ou índios em uma tribo selvagem do bem, envolto de artesanatos e artefatos de barro e pedra. Ao contrario disso vivemos na era social, bem no meio de toda confusão politica e sobrevivendo ao transito violento ao invés de desviar mós de flechas, lutamos para ver o sol atrás dos grandes arranha-céus.
Perdemos o medo de altura em uma caixa de ferro que sobe entre paredes em um esqueleto de ferragens e concreto. Aprendemos a caminhar correndo atrás de brindes oferecidos por pais babões e sem nenhuma experiência que os ajude a decifrar os pensamentos de uma criança. Nem se quer pensam em lapidar o pensamento desenvolvendo força em seu pequeno ser psíquico, não parecem conhecer o cofre dos segredos revelados e o arquivo ram de um pequenino ser.
Mas em meio a tudo isso buscamos esperança entre fumaça e alguns litros de cevada gelada, ao fim da tarde rumo a madrugada gelada.]
Em fim é só mais uma sexta-feira parada, de corações sangrados sob estrelas do céu negrito.
|