Quando o corpo se desnuda
cai a camisa, a saia, a blusa,
tudo à mostra, só o vento toca,
só o universo espia
a cria que o tempo fia,
as marcas das lutas,
as ranhuras abruptas,
e lá, onde nunca cessa
a canção de mil batidas,
lá dentro o motor da vida
canta a canção definitiva,
nada mais esconde a flor
que alguns chamam de desejo
e outros chamam de amor...
|