Seu Juquinha estava na roça, mas gostava de namorar,
Tinha a cor do pecado, também os olhos a brilhar,
Uma fotacha passou, então quis se aproximar,
Foi momento fatal, e começaram a se amar,
A dona da pensão, quando soube, fez um plano pra encontrá-lo
A fotacha quando passou, Silvana a acompanhou,
Quando a fotacha viu aquilo, saiu desesperada,
Silvana a acompanhou, até a beira do rio jornada,
Aquelas águas profundas, impediam de ela atravessar,
Fotacha ficou como louca, tentava se agarrar,
O barranco era alto, fazia escorregar,
Fotacha gritava muito, mas não conseguia passar,
Silvana já estava perto, gostando de apreciar a cena,
Mas quilo que os olhos veem, só o pensamento condena,
Fotacha tentava, mas da água não saía,
Ela se viu tão acuada, que gritava desesperada,
Silvana se sentia daquela traição vingada,
Ao ver a traidora com a roupa toda molhada,
Silvana era de paz, mas queria pôr pra correr aquele troço atrapalhado,
Que dentro daquelas águas parecia flor aquática, que ocupa extensão,
Silvana parou pra assistir sorria de montão,
Parece que dentro de si, não aguentava o coração,
Aquela perseguição, tal como o gato e o rato,
Silvana apreciava, a fotacha se debater,
Gritava como louca, pedindo pra alguém lhe socorrer,
Silvana a fez jurar de nunca mais ali aparecer,
Sem ter pra onde sair, fotacha concordou,
Porém, aquele romance, ali terminou.
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