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Anda, não demore, não espere mais,
ao norte de tua solidão lá está o cais,
tornará obsoleta tua tristeza,
esvaziarás tuas gavetas
à procura do poema
que escreveste a si mesma,
a primeira lágrima também será a última,
um fauno com uma rosa nas mãos
te dará a senha para buscar
teu coração, grafite de sangue
nos muros da mansão de Deus,
que dorme a sesta dos vencedores...
Apanhe quantas estrelas quiseres,
o céu não conhece a miséria humana
e nem deixa que vontades profanas
alcancem a renda que orna o sol,
anda, jogue fora tua bússola
e teu sismógrafo,
limpe a caverna e receba a chave
para abrir tua alma a cada conhecimento,
anda, te esperam as coisas boas
dessa vida que vivemos,
à vezes à sério,
às vezes atoa...
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