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Por ti faria o mais difícil do amar,
que é a mais perigosa arte,
me perderia sem pedaços de pão,
trataria todos com doçura e, antes que tarde,
aprenderia a confeitar, para te dar, todo doce, meu coração...
Poria os pés no palácio da ilusão em busca da verdade,
para isso saberia engendrar poesias de bardo tardio,
evitaria as frases longas para evitar o desastre
de te fazer se entediar, como se sentisse frio...
Não é fácil entrar na casa do amor,
ali permanecer sob a quentura que nunca cessa,
colher e plantar a flor
que vive da água da palavra e não de promessas...
Sabes, agora, a que vim neste mundo,
oriundo do espanto de um deus que dormia,
a coroar-te a rainha do sentimento mais profundo,
que desfaz as dores e o prazer fia e desfia...
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