O poema, quando nada tem para fazer,
caça pessoas só para ver como soa
seus prismáticos sentidos...
Possui o dom do aço
e a ruptura do vidro,
cai como mormaço
de sol repetido,
ri ao louco,
ao bestial, pouco,
ganha vida quando lido...
O tempo,
que gasta seu tempo modificando a rota dos caracóis,
diz ao vento que anda no poema dentro:
com as palavras que voam
gire pensamentos,
gire sóis,
o homem gire pelo poema do momento...
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