Pudesse eu em cada um dar um abraço,
traçar em torno um traço
indelével de afago eterno,
seria o presente mais moderno
que um coração antigo
daria ao chamar cada um de amigo,
seria como completar as palavras cruzadas
que quando se cruzam se tornam a poesia esperada,
ler o que está escrito e suavemente fechar o livro
trazendo para dentro de si cada palavra revelada...
Sim, faria sem o menor esforço,
até tornar meu coração tão moço
quanto o bebê passarinho que tenta voar
mesmo sem saber que antes do voo
é preciso aprender a amar
para depois voar sozinho...
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